Inquérito nacional de saúde coletará dados sobre excesso de peso, hábitos alimentares, uso de álcool e Qualidade do Sono, abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Fatores de Risco.
O Vigitel, Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, está prestes a iniciar sua 18ª edição. Essa importante pesquisa, lançada pelo Ministério da Saúde, visa monitorar os hábitos de vida e os fatores de risco para doenças crônicas da população brasileira.
Com a ampliação da pesquisa em 2024, o Vigitel incluirá, pela primeira vez, perguntas sobre a qualidade do sono dos brasileiros, o que permitirá uma visão mais completa sobre a saúde da população. Além disso, a Pesquisa de Saúde também abordará outros temas importantes, como a prática de atividade física e a alimentação saudável. Com esses dados, o Ministério da Saúde poderá desenvolver políticas públicas mais eficazes para prevenir doenças crônicas e promover a saúde da população. A Vigilância de Fatores de Risco é fundamental para a prevenção de doenças crônicas.
O Vigitel: Uma Ferramenta de Vigilância de Fatores de Risco
O Vigitel é um inquérito telefônico que visa investigar a frequência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e fatores de risco em todas as capitais do país. A pesquisa é realizada anualmente desde 2006 e é considerada o maior inquérito de saúde do país. Mais de 800 mil brasileiros já participaram da pesquisa, que coleta dados sobre fatores de risco e proteção, como alimentação, atividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, entre outros comportamentos.
A implantação e a manutenção da pesquisa têm sido um processo de construção coletiva, envolvendo diversas instituições, parceiros, dirigentes e técnicos. A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) é responsável pela gestão do estudo, em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que atuará na análise de dados e na elaboração de relatórios.
A Importância da Participação da População
A participação na pesquisa é voluntária e todas as respostas são confidenciais. O sigilo das informações é garantido pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (Daent) da SVSA, Letícia Cardoso, destaca a relevância da participação da população no inquérito para otimizar a coleta de dados e, por consequência, fortalecer a vigilância nacional de Doenças Crônicas Não Transmissíveis e seus fatores de risco para o país.
Resultados e Tendências
Os resultados da pesquisa permitem avaliar as prevalências dos fatores de risco e proteção relacionados às doenças crônicas não transmissíveis e características sociodemográficas como sexo, idade e anos de escolaridade. Por exemplo, a coleta de dados do Vigitel, no longo prazo, possibilitou apontar tendências como a frequência de adultos com excesso de peso, entre 2006 e 2023. Em seu primeiro ano, o estudo mostrou que 42,6% da população brasileira apresentava obesidade ou sobrepeso. Em 2023, o dado passou para 61,4% da população (aumento médio de 1 ponto percentual/ano).
Qualidade do Sono e Doenças Respiratórias
Além disso, o Vigitel também coleta dados sobre a qualidade do sono e doenças respiratórias, que são importantes fatores de risco para a saúde. A análise epidemiológica desses dados pode ajudar a identificar tendências e padrões que podem ser usados para desenvolver políticas públicas e ações de promoção da saúde.
Conclusão
O Vigitel é uma ferramenta importante para a vigilância de fatores de risco e doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. A participação da população é fundamental para a coleta de dados precisos e confiáveis, que podem ser usados para desenvolver políticas públicas e ações de promoção da saúde.
Fonte: @ Ministério da Saúde
Comentários sobre este artigo