Candidata a vacina mostra capacidade de proteção por até cinco anos em ensaios clínicos; Brasil registra 6,4 milhões de casos da doença.
Os recentes resultados da pesquisa de fase 3 da potencial vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan revelaram uma eficácia de 89% na prevenção de casos graves e com sintomas de alerta da doença. A vacina, testada em mais de 16 mil participantes desde 2016, mostrou-se segura e eficaz contra o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti ao longo de cinco anos.
Além disso, o imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan apresentou resultados promissores na proteção contra a dengue, com uma taxa de eficácia de 89%. Os testes realizados com voluntários ao longo de cinco anos demonstraram a segurança e a eficácia da vacina contra o vírus transmitido pelo Aedes aegypti, trazendo esperança para o controle da doença.
Vacina contra Dengue: Eficácia e Proteção
Segundo pesquisa divulgada no The Lancet Infectious Diseases, voluntários submetidos a ensaios clínicos entre 2016 e 2019, com monitoramento até julho de 2021, revelaram risco maior de dengue grave entre os que receberam placebo. A eficácia geral contra a infecção sintomática foi de 67,3%, com proteção de 75,8% para DENV-1 e 59,7% para DENV-2. Não houve infecções por DENV-3 e 4, devido à sazonalidade da doença. Durante um pico em 2019, a vacina manteve sua eficácia, conforme o Instituto Butantan.
Desenvolvimento da Vacina: Parcerias e Testes
a vacina contra dengue do Butantan, fruto de colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, passou por testes de fase 1 entre 2010 e 2012 e de fase 2 no Brasil de 2013 a 2015. Os ensaios de fase 3, com 16.235 participantes, estão em andamento há oito anos. O imunizante, feito com os quatro sorotipos do vírus, é testado em uma faixa etária de 2 a 59 anos, visando estimular a produção de anticorpos.
Importância da Vacinação: Cobertura e Proteção
Uma vacina quadrivalente contra a dengue é crucial para garantir altas coberturas vacinais, considerando que a adesão pode diminuir com múltiplas doses necessárias. Proteger contra um sorotipo não impede a infecção por outro, que pode ser mais grave. Os primeiros resultados da fase 3, divulgados no New England Journal of Medicine em janeiro, indicaram eficácia de 79,6% ao longo de dois anos, com destaque para DENV-1 e DENV-2.
Surto de Dengue no Brasil: Desafios e Prevenção
O Brasil enfrenta um surto de dengue, destacando a importância da vacinação como medida preventiva. O imunizante Qdenga, da Takeda, integra as ações do Ministério da Saúde, com foco na faixa etária de 10 a 14 anos. A vacinação é essencial para reduzir os casos e a gravidade da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Fonte: @ Veja Abril
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