Técnico elogia atuação do time, lamenta eliminação na Libertadores e destaca que aproveitou metade das oportunidades, com estrutura ofensiva de grande volume, apesar do calendário muito amplo e das dificuldades.
O Flamengo não conseguiu superar o empate em 0 a 0 com o Peñarol no estádio Campeón del Siglo, na noite de quinta-feira, e foi eliminado nas quartas de final da Conmebol Libertadores. Tite foi questionado sobre sua declaração anterior de que a equipe rubro-negra faria gols no Uruguai, e ele respondeu de forma direta.
Eu projetei, mas não é promessa, eu acerto. Essa foi a resposta de Tite, que foi pressionado a explicar o que aconteceu com a equipe. Como treinador, ele é responsável por preparar a equipe para as partidas, e é claro que a eliminação nas quartas de final não foi o resultado esperado. A equipe precisa se reorganizar e aprender com os erros. O comandante do Flamengo precisa encontrar uma forma de motivar os jogadores e melhorar o desempenho da equipe nas próximas partidas.
Reflexões de Tite após a eliminação do Flamengo
Eu não sou um profeta, não faço promessas. Eu projetei, eu planejei, eu estabeleci metas, mas não fiz promessas. A responsabilidade é minha, sim, mas não posso ser cobrado por algo que não foi prometido. Eu disse que iríamos criar e fazer, e foi isso que fizemos, mas não foi o suficiente.
Eu imaginava que com a metade das oportunidades, o Flamengo poderia ter feito melhor, mas não foi o caso. Criamos um volume grande de chances, mas a efetividade não foi a mesma. Houve alguns detalhes importantes, como a boa performance do goleiro e a precisão em alguns momentos, mas não foi o suficiente.
Análise do contexto e das dificuldades
Temos que olhar o contexto de forma mais ampla. Houve momentos em que o Flamengo conseguiu se classificar para a Libertadores de forma direta, e também conquistou o título carioca. Mas disputar as três competições é uma necessidade para o clube, e isso trouxe dificuldades. O calendário foi complicado, com uma série de jogadores convocados para a Seleção e o Brasileiro.
A perda de Pedro foi um golpe duro para a equipe. Ele era o jogador de área, de infiltração, com características únicas. A estrutura ofensiva se perdeu um pouco, e tentamos adaptar com outros jogadores, mas não foi o mesmo. O retorno de Gabi e Carlinhos não foi suficiente para compensar a perda de Pedro.
Avaliação do trabalho na Libertadores
Não tenho condição de fazer uma análise detalhada agora, é um contexto muito grande. Mas o que eu posso dizer é que faltou precisão nos momentos de definição, para transformar as oportunidades em gols. Isso é o que eu tenho em relação aos dois jogos.
Em uma análise mais ampla, a gente perdeu quase 60 gols no ano, em uma equipe que estava estruturada para jogar em volta do 9, do Pedro. Isso é um problema que precisa ser resolvido.
Entrada de Gabigol
Qualquer que seja a observação, não coloca o Gabi é porque não colocou o Gabi. Coloca o Gabi, é porque colocou o Gabi. Depois que terminou o jogo é que podemos analisar e discutir as decisões. Como treinador, eu tenho que tomar decisões, e às vezes elas não dão certo. Mas é isso que faz parte do trabalho.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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