Novo teto para consignado do Instituto em 5 dias úteis após publicação no ‘Diário Oficial da União’, seguindo taxa básica do Comitê de Política Monetária.
O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou uma alteração significativa no teto de juros aplicável aos empréstimos consignados concedidos aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa mudança implica em uma redução dos atuais 1,68% ao mês para 1,66% para os empréstimos consignados realizados com desconto em folha, que é a modalidade mais difundida entre os segurados.
Essa decisão visa proporcionar mais benefícios aos segurados do INSS, garantindo um limite de juros mais favorável e acessível. Com essa redução, os beneficiários poderão contar com condições mais vantajosas ao contratar empréstimos consignados, promovendo assim uma maior proteção financeira e bem-estar econômico.
Novo teto de juros: mudanças nas taxas de cartão de crédito consignado
No contexto das contratações realizadas por meio de cartão de crédito consignado, a taxa atual é de 2,49% ao mês e será reduzida para 2,46%, seguindo a nova regulamentação. A implementação do teto de juros revisado entrará em vigor em um prazo de cinco dias úteis, contados a partir da divulgação no ‘Diário Oficial da União’. A finalidade das atualizações nas taxas, de acordo com as autoridades governamentais, é ajustar de forma proporcional as reduções na taxa Selic, decididas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
A diminuição aprovada recentemente acompanha a redução da Selic de 10,75% para 10,50% ao ano, efetuada em 8 de maio. Os bancos expressaram desacordo com a proposta, argumentando que a taxa básica não reflete o custo de captação das entidades financeiras que operam nesse segmento. Enquanto o governo propôs a redução do teto do consignado e do cartão de crédito, as instituições bancárias defenderam a manutenção das taxas atuais, levando em consideração o contexto de diminuição do corte da taxa de juros pelo Conselho de Política Monetária (Copom), a redução da taxa de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e a situação de calamidade no Rio Grande do Sul.
A decisão não foi unânime, e os membros do conselho concordaram em realizar uma reunião do grupo de trabalho para analisar a proposta apresentada pelos bancos, bem como avaliar o cenário financeiro nacional e internacional. Essas medidas visam garantir que os beneficiários do Instituto estejam protegidos e que as taxas praticadas estejam alinhadas com a realidade econômica. A interação entre os diversos fatores, como a taxa básica, a Selic e as decisões de órgãos como o Copom e o Fed, influenciará diretamente nas políticas de juros aplicadas no país.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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