Após 11 meses, Cade avalia fusão de Bunge e Viterra: pagamento a acionistas, compra de ações próprias, lucro ajustado anual, acordo de caixa e ações, impostos, receberão aprox. Transação de negócios entre as empresas, sinergias brutas, operação avaliada.
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a fusão entre as empresas Bunge e Viterra. A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 13. O consentimento do órgão antitruste brasileiro ocorreu após 11 meses do anúncio da combinação entre as companhias norte-americana e canadense.
A união das tradings Bunge e Viterra foi oficializada pelo Cade, sem imposição de condições. Esta fusão entre as empresas de diferentes nacionalidades foi anunciada há quase um ano e finalmente obteve a aprovação necessária. A merger entre as duas gigantes do setor agrícola promete trazer impactos significativos para o mercado internacional.
Detalhes da Fusão entre Bunge e Viterra
Uma fusão estratégica entre a Bunge e a Viterra foi anunciada em 13 de junho de 2023, marcando um marco significativo no mundo dos negócios. Com um valor estimado em cerca de US$ 8,2 bilhões, o acordo abrange uma combinação de caixa e ações, refletindo a união de duas potências do setor.
A Bunge, renomada empresa de agronegócio, está pronta para adquirir a Viterra, juntamente com afiliadas influentes como a Glencore, o Canada Pension Plan Investment Board (CPP) e a British Columbia Investment Management (BCi). Essa fusão não apenas fortalece a presença global das empresas envolvidas, mas também promete trazer benefícios significativos para seus acionistas e clientes.
Sob os termos do acordo, a Bunge se compromete a pagar aos acionistas da Viterra aproximadamente 65,6 milhões de ações, avaliadas em US$ 6,2 bilhões, além de um montante considerável em dinheiro, totalizando cerca de US$ 2 bilhões. Além disso, a Bunge assumirá uma parte substancial da dívida da Viterra e realizará recompras de suas próprias ações, demonstrando um compromisso sólido com a operação.
A expectativa em torno dessa fusão é alta, com projeções indicando a criação de uma empresa global de agronegócio altamente competitiva e adaptável. As sinergias operacionais brutas anuais estimadas em cerca de US$ 250 milhões antes dos impostos, juntamente com o aumento do lucro ajustado por ação da Bunge, prometem resultados positivos a curto e médio prazo.
Após a conclusão da transação, os acionistas da Viterra devem deter uma participação significativa na nova entidade combinada, consolidando sua posição no mercado. O CPP, com seu investimento de longa data na Viterra, está previsto para receber aproximadamente 12% de participação acionária na empresa combinada, além de um montante em dinheiro considerável.
A expansão dos negócios da Bunge para os EUA, Canadá e Austrália, juntamente com a complementação das operações da Viterra, promete fortalecer a presença global da empresa combinada. Essa fusão estratégica não apenas amplia o alcance comercial, mas também abre novas oportunidades em regiões e culturas anteriormente sub-representadas.
Em resumo, a fusão entre Bunge e Viterra representa um passo significativo no cenário do agronegócio global, impulsionando a inovação, a eficiência e a competitividade. Com a aprovação da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), essa operação promete transformar o panorama do setor e criar valor para todas as partes envolvidas.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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