Empresa lucra com mais de US$ 100 mi ao reflorestar áreas degradadas na Amazônia. Nova camada, maior contrato, energia renovável reduzindo custos e consumo.
Na era da IA generativa, os Créditos de Carbono se tornaram uma ferramenta essencial para empresas de tecnologia lidarem com o desafio de reduzir suas emissões. Mesmo com a promessa de avanços significativos, a questão do Crédito de Carbono tornou-se central para as gigantes do setor, que buscam equilibrar a inovação tecnológica com a sustentabilidade ambiental.
Diante desse cenário, a busca por soluções baseadas em Crédito Carbono se intensifica, à medida que as empresas buscam cumprir metas cada vez mais ambiciosas de redução de carbono. A utilização estratégica de Créditos de Carbono se apresenta como uma alternativa viável para mitigar os impactos ambientais das operações tecnológicas, garantindo um futuro mais sustentável para as próximas gerações.
Importância do Crédito de Carbono para Empresas de Tecnologia
A Mombak, startup especializada em crédito de carbono, está se destacando no mercado com uma abordagem inovadora. Em dezembro do ano passado, a empresa fechou o maior contrato único de créditos de carbono já registrado pela Microsoft. Esse contrato envolve o compromisso de capturar 1,5 milhões de toneladas de gás carbônico por meio de reflorestamento na Amazônia. Embora os valores não tenham sido divulgados, a expectativa é de transações significativas, considerando que negócios anteriores ultrapassaram os US$ 100 milhões.
O aumento no consumo energético, impulsionado por tecnologias como IA, data centers e criptoativos, está exigindo das empresas uma revisão de suas práticas ambientais. Segundo uma pesquisa da Agência Internacional de Energia, o consumo de energia por essas fontes pode dobrar até 2026, representando uma pressão adicional para reduzir as emissões de CO2.
Para muitas empresas, a solução para se tornarem carbono-neutras passa pela aquisição de créditos de carbono. A opção pelo reflorestamento de áreas degradadas é vista como uma estratégia eficaz, apesar do custo energético envolvido. A Mombak, ao adquirir fazendas e realizar o plantio de mudas nativas, oferece uma solução sustentável para captura de carbono, proporcionando um retorno ambiental mensurável.
O processo de reflorestamento demanda tempo, pois as árvores levam de dois a três anos para atingirem seu potencial máximo de remoção de carbono. Durante esse período de alta eficiência de captura, as empresas contratantes pagam pelos créditos de carbono, possibilitando o financiamento contínuo das operações da Mombak. A empresa conta com investidores como Accent e o fundo de pensão do governo canadense para impulsionar suas iniciativas de reflorestamento.
Ao fechar contratos com empresas de tecnologia como Microsoft e McLaren, a Mombak garante acesso ao período mais eficiente de remoção de carbono, o que beneficia tanto o meio ambiente quanto os investidores envolvidos. O modelo de negócio da Mombak demonstra não apenas a viabilidade econômica do crédito de carbono, mas também o impacto positivo que iniciativas sustentáveis podem ter no combate às mudanças climáticas.
Fonte: @ Info Money
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