Implementação de testes para a digitalização do real pelo Banco Central. Debatido no evento Finance of Tomorrow, no Rio de Janeiro.
A segunda fase do Projeto Drex, etapa de experimentação para adoção do real digital, incluirá testes com ativos regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A afirmação foi feita por Antônio Carlos Berwanger, superintendente de Desenvolvimento de Mercado da CVM, durante o evento Finance of Tomorrow.
O avanço do projeto visa explorar as possibilidades das transações criptonativas e garantir a segurança dos valores digitais. A autoridade monetária está empenhada em promover a inovação financeira por meio do real digital.
Implementação do Real Digital: Etapa de Testes e Valores Mobiliários
A definição dos ativos que comporão o Real Digital será feita em breve pelo Banco Central. As propostas recebidas pela autarquia envolvem 16 consórcios participantes do piloto, incluindo grandes instituições financeiras como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, além de cooperativas e empresas criptonativas.
Durante um evento paralelo ao G20, que reúne reguladores, representantes de fintechs e líderes financeiros, Berwanger destacou a importância de testar os ativos sob a supervisão da CVM no Drex. O objetivo é validar pelo menos um projeto e garantir responsabilidades na programação e ajustes necessários dos ativos.
Os testes de valores mobiliários ainda não possuem uma data definida para início. Na segunda etapa de testes do Drex, a autoridade monetária busca incorporar novas funcionalidades e promover a evolução da plataforma.
Para Reinaldo Rabelo, presidente do MB, a participação da CVM no projeto do Drex trará benefícios ao ecossistema, proporcionando melhores condições para os emissores de valores mobiliários. A tokenização dos ativos permite uma reconstrução mais eficiente e econômica dos instrumentos de investimento.
O Mercado Bitcoin lidera um consórcio que integra o piloto do Drex, ao lado de empresas como Mastercard, Cerc, Sinqia e Genial Investimentos. O consórcio planeja participar das três vertentes de testes propostas pelo Banco Central: negociações de atacado, varejo e títulos do Tesouro Nacional.
O Drex, anteriormente conhecido como Real Digital, ainda não possui uma data oficial de lançamento, mas a expectativa é que a moeda digital brasileira esteja disponível no mercado a partir de 2025.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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