Reconstruções faciais digitais recentemente inauguradas em museu de Perth, combinam arte, antropologia e tecnologia.
Ao explorarem o recém-inaugurado Museu e Galeria de Arte de Perth, na Escócia, os visitantes se deparam com o passado. Representações faciais digitais extremamente realistas de indivíduos que habitaram a região de Perth e Kinross, na Escócia, há séculos, surgem diante dos olhos dos visitantes do museu. Essas representações, que mesclam arte, antropologia, tecnologia e arqueologia, permanecem em exposição permanente no museu, que foi aberto ao público em 30 de março.
Em um segundo momento, os visitantes são levados a refletir sobre a memória e a história da região ao se depararem com as reconstruções digitais no Perth Museum and Art Gallery. Essas representações não apenas ilustram o passado de forma vívida, mas também despertam lembranças e conexões com os habitantes que moldaram a região ao longo dos séculos. A interação com essas representações digitais proporciona uma experiência única e imersiva, enriquecendo a compreensão do passado e da identidade cultural local.
Explorando o Passado Através da Reconstrução Facial Digital
No mundo da arqueologia, a história ganha vida através das memórias preservadas nos vestígios do passado. Recentemente, arqueólogos encontraram esqueletos de cavalos enterrados há 2 mil anos na França, trazendo à tona lembranças de uma época distante. Em Pompeia, descobriram-se esboços de gladiadores feitos por crianças, revelando vislumbres do passado através dos olhos jovens.
Uma descoberta marcante completa 50 anos, com a revelação de um dos esqueletos mais antigos das Américas. As reconstruções faciais, baseadas em crânios encontrados em toda a Escócia, nos levam a uma jornada pela história, memória e lembranças de diferentes eras. Desde uma mulher da Idade do Bronze, que viveu há cerca de 4 mil anos, até um homem da Idade do Ferro de 500 d.C., e indivíduos do período medieval da Escócia nos séculos 14 e 15, como uma jovem vítima de assassinato.
O museu, inaugurado em Perth, colaborou com Chris Rynn, renomado antropólogo craniofacial, e pesquisadores da Universidade de Aberdeen, para trazer à vida essas reconstruções de forma única. Mark Hall, responsável pelas coleções do Perth Museum and Art Gallery, destaca a importância de conectar o presente com o passado por meio dessas representações vívidas.
Os visitantes têm a oportunidade de testemunhar cada etapa do processo de criação das reconstruções faciais. Desde a visualização dos crânios em exibição até a utilização de telas interativas que mostram como os antropólogos realizam as reconstruções, criam modelos digitais e chegam ao resultado final. Uma experiência imersiva que permite mergulhar nas histórias que os crânios guardam.
Chris Rynn compartilha sua experiência de trabalhar com o Museu de Perth, trazendo à tona sete crânios e realizando reconstruções faciais forenses. Essas obras de arte são transformadas em exibições interativas, permitindo que os visitantes participem do processo de recriação de rostos do passado. Uma forma inovadora de envolver o público e despertar o interesse pela história.
As coleções do museu têm o propósito de contar a história das pessoas que habitaram Perth ao longo dos últimos 10 mil anos. Uma jornada pela memória coletiva da região, revelando detalhes sobre a vida, os relacionamentos e a conexão com o mundo ao redor. A antropologia forense desempenha um papel fundamental nessa narrativa, trazendo à tona os rostos do passado de forma tangível.
Ao reconstruir digitalmente os modelos faciais, os visitantes têm a oportunidade de explorar diferentes aspectos, ajustando a cor do cabelo e dos olhos para criar recriações personalizadas. Uma experiência interativa que convida o público a se conectar com o passado de uma maneira única e envolvente.
A descoberta do passado da Escócia nos leva a uma viagem no tempo, revelando segredos enterrados há milhares de anos. Desde uma mulher da Idade do Bronze até indivíduos do período medieval, cada rosto recriado nos transporta para uma época distante. Através da arqueologia e da antropologia, desvendamos os mistérios do passado e enriquecemos nossa compreensão da história humana.
Fonte: © CNN Brasil
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