Violência grave ignorada, atraíram atenção. Cultura vigente valoriza aceitação cultural, contribuindo para impacto psicológico na saúde das mulheres.
No mês passado, surgiram duas notícias impactantes que trouxeram à tona novamente a discussão sobre violência sexual no país. Um dos casos envolveu o ator Miguel Silva, acusado de violência sexual por uma colega de trabalho durante as filmagens de sua última obra. A denúncia gerou debates sobre as medidas necessárias para combater esse grave problema.
É fundamental conscientizar a população sobre a importância de denunciar qualquer forma de agressão sexual e apoiar as vítimas nesse difícil processo de busca por justiça. As histórias de violência sexual devem ser levadas a sério e enfrentadas com rigor pela sociedade como um todo.
Preocupação com a Violência Sexual Atrai Atenção Internacional
É preocupante o aumento da atenção internacional em relação à violência sexual, especialmente após a condenação do ex-jogador Robinho por estupro coletivo na Itália. Sua prisão decretada e a pena a ser cumprida no Brasil são apenas um pequeno reflexo da violência sexual enfrentada por mulheres em todo o mundo.
No Brasil, dados do IBGE e do Ministério da Saúde revelam um cenário alarmante: foram registrados 822 mil casos de violência sexual no ano passado. Essa realidade é agravada pela cultura vigente que valoriza a sexualidade masculina distorcida, contribuindo para a naturalização do assédio e da importunação sexual.
A psicóloga Cláudia Patrícia Ferreira destaca a gravidade da aceitação cultural do assédio, muitas vezes ignorada pela sociedade. Ela ressalta que a violência psicológica decorrente do assédio pode levar a um transtorno de estresse pós-traumático e, em casos extremos, ao suicídio. A psicóloga Lilian Costa Schüler complementa, apontando que a violação do corpo e da alma resulta em danos profundos e cicatrizes que afetam diversas áreas da vida das vítimas.
Diante desse panorama, é crucial romper com a aceitação cultural do assédio e empoderar as vítimas para denunciar e buscar justiça. A retaliação do agressor e o medo de represálias não podem mais silenciar as vozes daqueles que sofrem violência sexual. O apoio e a proteção às vítimas são essenciais para que possam se recuperar e recomeçar suas vidas sem o peso do trauma e do medo.
Fonte: @ Metropoles
Comentários sobre este artigo