Chuvas danificaram muitos remédios para tosse, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e problemas respiratórios.
O estado do Rio Grande do Sul, impactado pelas inundações recentes, está se esforçando para prevenir a propagação da tuberculose entre os moradores que enfrentaram semanas de baixas temperaturas e alagamentos. O hospital sanatório Paternon, pertencente à rede de saúde estadual, desempenha um papel fundamental no combate à tuberculose e no cuidado daqueles afetados pela doença.
Além disso, é essencial manter a vigilância constante para evitar surtos de outras doenças que possam surgir em situações de calamidade como as enchentes. A conscientização da população sobre medidas preventivas e a pronta resposta das autoridades de saúde são cruciais para garantir a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos, especialmente em momentos de crise.
A importância do controle da tuberculose em abrigos
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado e Saúde, Carla Jarczewski, tomou medidas junto aos abrigos para controlar a doença. Ela ressaltou que a aglomeração favorece o contágio e, por isso, desde o início da enchente, estão intensificando a busca por pessoas com sintomas respiratórios, tosse, suores noturnos, falta de apetite e emagrecimento, todos sintomas característicos do quadro sintomático respiratório, com destaque para a tosse. É fundamental que essas pessoas, ao serem diagnosticadas, usem máscara comum para evitar a propagação da tuberculose.
Desafios enfrentados por pacientes em situação de rua com tuberculose
Carla Jarczewski também abordou a situação preocupante dos pacientes em situação de rua com diagnóstico de tuberculose no Rio Grande do Sul. Desde 2017, o número de casos tem aumentado progressivamente, chegando a 250 vítimas em 2022, um aumento de mais de 5% em relação aos anos anteriores. Essas pessoas enfrentam dificuldades no tratamento, que dura no mínimo seis meses, e por isso acabam não concluindo a terapia adequadamente. A população em situação de rua tem uma probabilidade 56 vezes maior de contrair tuberculose do que a população em geral, o que evidencia a importância de ações específicas para esse grupo.
O impacto das enchentes na incidência de tuberculose no Rio Grande do Sul
Ainda é cedo para avaliar se as enchentes no Rio Grande do Sul contribuíram para o aumento dos casos de tuberculose no estado, conforme explicou Carla Jarczewski. A tuberculose é uma doença de notificação compulsória, porém, devido à natureza do seu diagnóstico, pode haver uma demora na inserção dos dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os números concretos sobre a incidência da tuberculose após as enchentes serão mais claros no final do ano, quando os casos forem devidamente registrados. É essencial monitorar de perto essa situação para garantir o controle efetivo da tuberculose no estado.
Fonte: @ Agencia Brasil
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