Segunda prévia: PIB cresce 1,3% no trimestre de 2024, confirmando desaceleração da economia americana. Dados completos mostram números de crescimento.
O Produto Interno Bruto (PIB) anualizado dos Estados Unidos registrou um aumento de 1,3% no 1º trimestre de 2024, conforme informado pelo Escritório de Análise Econômica (BEA) nesta quinta-feira (30).
A evolução do PIB nesse período reflete a estabilidade da economia americana, demonstrando um crescimento consistente. O Produto Interno Bruto é um indicador fundamental para avaliar a saúde financeira de um país e suas projeções futuras.
Revisão dos Dados do PIB no Primeiro Trimestre de 2024
Nesta segunda análise, que apresenta informações mais abrangentes, o número revela que a economia dos Estados Unidos não está tão robusta quanto indicado na primeira estimativa, divulgada no final de abril. O relatório inicial apontou um crescimento de 1,6% do Produto Interno Bruto entre janeiro e março deste ano, o que representa um aumento de 0,3 ponto percentual em relação à medição corrigida pelo BEA. O foco principal do relatório atual é a revisão dos dados de crescimento econômico e inflação nos EUA, para determinar se os indicadores estão mais fortes ou mais fracos do que o inicialmente reportado.
Impacto no Mercado e nas Expectativas
É crucial avaliar a conformidade desses dados com as expectativas do mercado, pois a surpresa (positiva ou negativa) é o que influencia os investidores nos ativos financeiros. A primeira leitura do PIB dos EUA no primeiro trimestre já havia ficado significativamente abaixo do esperado pelo mercado, que previa um aumento anual de 2,5% (em comparação com os 1,6% registrados). Os dados atuais reforçam a desaceleração da economia americana, o que pode levar o Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve a discutir a redução das taxas de juros.
Comparação com Trimestres Anteriores
No quarto trimestre de 2023, o PIB havia apresentado um crescimento anual de 3,4%, o que evidencia uma desaceleração no ritmo de crescimento em relação ao período anterior. Essa desaceleração foi impulsionada principalmente pela redução nos gastos do consumidor, exportações e despesas dos governos estaduais e municipais, além de uma queda nos gastos do governo federal. No entanto, houve um aumento nos investimentos em habitação. As importações também se intensificaram.
Revisão dos Índices de Inflação
A segunda análise resultou em uma revisão de 0,1 ponto percentual para baixo no índice de preços de compras em comparação com a leitura anterior. Anteriormente, o índice anualizado estava em 3,1% no primeiro trimestre, mas agora foi corrigido para 3%, ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado. As despesas de consumo pessoal (PCE), outro indicador importante da inflação, registraram 3,3%, também com uma revisão de 0,1 ponto percentual para baixo em relação às expectativas do mercado.
Impacto nas Despesas e na Poupança dos Consumidores
No quarto trimestre do ano passado, o PCE havia subido 2%, indicando uma aceleração da inflação entre o final de 2023 e o início deste ano. Apesar da revisão para baixo, os indicadores ainda apontam para um aumento significativo da inflação nos EUA. Um ponto de destaque do relatório é que os consumidores americanos estão poupando mais do que o inicialmente reportado, o que sugere que, apesar do aumento da renda média, a inflação não está fora de controle. A liberação desses fundos poderia exercer pressão sobre os preços, aumentando a inflação de consumo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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