Artigo de Leandro Begara sobre incentivo regulamentado pela Lei após revisão da LUOS no Plano Diretor de SP para fachadas ativas.
Em um projeto recente, estive à frente de uma equipe responsável por analisar o impacto das fachadas ativas em empreendimentos próximos aos eixos de transporte de uma grande cidade. A pesquisa revelou dados interessantes sobre a relevância desse conceito para a integração urbana e a qualidade de vida dos cidadãos. As fachadas ativas oferecem mais do que apenas estética, mas também funcionalidade e interação com o ambiente ao seu redor.
A implementação de fachadas dinâmicas e interativas pode transformar completamente a paisagem urbana, promovendo a participação dos indivíduos na construção da cidade. A integração de tecnologia e design inovador nas fachadas participativas pode criar espaços urbanos mais atrativos e acolhedores para as pessoas. Essas iniciativas abrem caminho para uma cidade mais vibrante e conectada com as necessidades dos seus habitantes.
Reflexos do Plano Diretor na Cidade e a Importância das Fachadas Ativas
A necessidade de aprimorar o ambiente urbano em São Paulo era evidente, o que levou à proposição de medidas ousadas no Plano Diretor. Com a recente revisão do Plano Diretor e a discussão sobre a LUOS, surge a oportunidade de avaliar os impactos proporcionados pelo PD 2014 e ajustá-lo para o futuro.
Fachadas Ativas como Instrumento de Incentivo
De acordo com dados da Geoimóvel, mais de 320 empreendimentos lançados desde 2016 incluem pelo menos uma loja em fachada ativa. Esses lançamentos totalizam cerca de 743 lojas, demonstrando a aplicação significativa desse conceito na cidade. A média de área privativa por loja é de aproximadamente 200 m², refletindo a importância das fachadas ativas na estrutura urbana.
A Realidade das Fachadas Dinâmicas
Apesar do benefício do acréscimo de potencial construtivo oferecido aos empreendimentos com fachadas ativas, a demanda por esses espaços nem sempre corresponde às expectativas. Segundo a Urban Systems, a oferta adicional muitas vezes excede a procura, resultando em espaços comerciais vazios. A concentração desses empreendimentos nos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana evidencia a importância estratégica dessas áreas, mas também ressalta a necessidade de ocupação efetiva.
O Futuro das Fachadas Interativas
Embora as fachadas ativas tenham revitalizado os espaços comerciais, a valorização dos aluguéis pode representar um obstáculo para novos comerciantes. O desafio atual reside em equilibrar a oferta de locais comerciais e ajustar os preços de aluguel para garantir a sustentabilidade das operações. A regulamentação equilibrada e a revisão legal são essenciais para garantir que a evolução das fachadas participativas não gere novos problemas, mas sim soluções duradouras para a cidade. O futuro urbano agradece a busca constante por melhores práticas e equilíbrio no desenvolvimento urbano.
Fonte: © Estadão Imóveis
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