Renato Franklin, CEO da empresa, revela plano estratégico focado em retornar às raízes, aumentar market share e reduzir riscos a partir de 2025.
O Grupo Casas Bahia está passando por uma profunda reestruturação desde que Renato Franklin se tornou o CEO em maio do ano passado. Franklin é transparente quanto aos desafios que enfrenta, em contraste com outros executivos que tentam maquiar a situação.
Além da reestruturação em andamento, a empresa está focada em uma renovação completa de suas estratégias de mercado. A reforma interna e a reorganização dos processos são essenciais para o sucesso da Casas Bahia neste momento de reajuste do mercado varejista.
Reestruturação: O Caminho para a Renovação
‘Chamamos essa reestruturação de back to basics, que é voltar para o básico, que é o varejo e o crediário’, destaca Franklin em entrevista ao É Negócio, parceria entre o NeoFeed e a CNN Brasil. O plano de reestruturação ainda está em andamento e já representa 35% do objetivo traçado por Franklin.
Além do retorno às origens, o plano envolve também reformas mais profundas, como fechamentos de lojas e centros de distribuição. A saída de negócios que não eram core, como o banco digital, faz parte do processo. Da mesma forma, a redução do quadro de funcionários, ajustes nos estoques no valor de R$ 2 bilhões e a mudança de identidade, passando de Via para Grupo Casas Bahia.
Um dos pontos cruciais da reestruturação foi a reformulação das dívidas bancárias. Recentemente, foram renegociadas, com prazos de pagamento mais extensos. Esse passo foi fundamental para diminuir a percepção de risco exagerado no mercado de capitais em geral, como ressalta Franklin.
O mercado ainda reflete um pouco desse risco, mas a perspectiva é que com a continuidade do plano de reestruturação, os resultados sejam mais positivos. Ao final de 2023, os gastos com a reorganização foram altos, porém, a expectativa é de um balanço mais favorável em 2024.
Rumo ao Crescimento: Desafios e Oportunidades
A reestruturação é um investimento considerável, com um período de payback variando entre 6 e 18 meses, conforme destaca Franklin. A meta é que a empresa esteja mais próxima do ideal no segundo semestre e, em 2025, retome o crescimento. A previsão é a abertura de 200 novas lojas após a conclusão da reestruturação, expandindo o grupo que atualmente conta com mais de 1,1 mil unidades.
Com a reorganização, houve uma mudança nos canais de vendas, passando de uma distribuição de 50% online e 50% em lojas físicas para 60% nas lojas físicas e 40% no ambiente online. Franklin também destaca a força do Grupo Casas Bahia no Sudeste, porém, enxerga potencial de crescimento em outras regiões do país.
Na entrevista, o executivo aborda ainda a competição com outras plataformas, a realidade do mercado paralelo de celulares, aprendizados com erros anteriores e muito mais. A reestruturação é um processo desafiador, mas necessário para garantir a sustentabilidade e a expansão do Grupo Casas Bahia em um mercado cada vez mais competitivo.
Fonte: @ NEO FEED
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