Guadalupe Porras retorna após grande acidente na La Liga: “Não lembro de nada. Era como ter um pesadelo.” Drama vivido, recuperação mais longa.
No dia 25 de fevereiro, Guadalupe Porras viu a imagem de sua cara toda coberta de sangue correr o mundo. Um mês e meio depois, ela quer mostrar uma perspectiva nova: seu esforço para auxiliar os times no futebol espanhol.
Apesar das dificuldades enfrentadas, Guadalupe está determinada a seguir em frente e voltar a atuar como bandeirinha, contribuindo para o esporte que tanto ama. Ela acredita que sua experiência pode auxiliar no entendimento da importância da segurança no futebol.
Auxiliar Guadalupe relata drama vivido após choque em campo
A auxiliar fez seu primeiro jogo depois do grave choque com uma câmera em Betis 3 x 1 Athletic Bilbao e relatou o drama vivido desde então.
‘Não lembro nada. Não lembro de nada dessa jogada e tampouco do jogo’, disse Guadalupe.
– Eu vi uma vez (o choque).
Tenho que admitir que vi uma vez, mas era como ter tido um pesadelo. Um pensamento muito distante. Mas não quis ver, porque traz maus pensamentos já que sabia o que tinha acontecido – declarou a bandeirinha, em entrevista aos canais oficiais da Federação Espanhola. A auxiliar esteve na vitória do Cádiz sobre o Granada na sexta-feira passada, pela 30ª rodada de LaLiga.
A recuperação, mais longa do que o previsto, envolveu não apenas os 25 pontos no rosto, mas também a busca por ajuda psicológica para lidar com o trauma. Guadalupe procurou profissionais para auxiliá-la a ter consciência de tudo que aconteceu e do choque que estava sofrendo. Por sorte, com o passar do tempo, ela foi melhorando tanto fisicamente quanto psicologicamente, e agora pôde realizar seu primeiro jogo e treinar no máximo de suas capacidades, como ela mesma relatou.
Bandeirinha destaca importância da mudança no protocolo de transmissão
O acidente de Guadalupe Porras provocou a reação dos árbitros na Espanha, resultando na alteração do protocolo para os profissionais de transmissão no campo. Agora, os operadores de câmera têm uma limitação do espaço em que podem se movimentar durante as partidas, o que trouxe um alívio para a auxiliar. Ela comentou: ‘Estou segura de que isso não vai acontecer de novo. Se acontecesse com qualquer companheiro, seja árbitro ou jogador, era necessário que mudasse o protocolo. Estou muito feliz porque sei que isso não vai acontecer de novo’.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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