Principais motivos: falta habilidade uso conexão (33,2%) e alto custo (30%). Dados da PNAD 2023.
Aproximadamente 5,9 milhões de lares no Brasil não contaram com internet em 2023, de acordo com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A internet é uma ferramenta essencial nos dias atuais, conectando pessoas e possibilitando o acesso a uma infinidade de informações.
É fundamental garantir que todos tenham conexão online para participar plenamente da sociedade atual. A falta de internet pode limitar o acesso a oportunidades educacionais e profissionais, impactando diretamente a qualidade de vida das pessoas. Portanto, é crucial investir em infraestrutura para ampliar o acesso à internet e promover a inclusão digital em todo o país.
Internet e a Conexão nos Domicílios Brasileiros
Em comparação, no ano de 2022, havia 6,4 milhões de domicílios sem nenhum tipo de conexão com a rede. De acordo com o IBGE, atualmente, os motivos pelos quais 5,9 milhões de lares não possuem internet são variados: nenhum morador da residência sabia usar internet (33,2%); o serviço de acesso à internet ainda é caro (30%); a falta de necessidade em acessar à rede (23,4%); a cobertura de rede não atende o endereço daquele domicílio (4,7%); o equipamento de instalação é caro (3,7%); falta tempo para usar (1,4%); preocupação com privacidade ou segurança (0,6%); entre outros motivos (3%).
Acesso à Internet e a Banda Larga
Por outro lado, a internet é utilizada na maioria dos lares brasileiros. No ano passado, 72,5 milhões de domicílios (92,5%) tinham acesso à rede, representando um aumento de 1 ponto percentual em relação a 2022. O IBGE observou um crescimento na contratação da internet banda larga no país. O percentual dos que usavam internet móvel foi de 81,2% em 2022 para 83,3% em 2023, enquanto o acesso à internet fixa, como o Wi-Fi, aumentou de 86,4% para 86,9% no mesmo período. A contratação de internet fixa continuou a crescer entre 2016 e 2023 e superou a internet móvel em 2021, ano em que a móvel teve uma redução no número de usuários.
Perfil dos Usuários de Internet
No ano passado, nos domicílios em que havia utilização da internet, a parcela que utilizava conexão discada foi de apenas 0,3% no Brasil, revelou o órgão. Quanto aos usuários de internet, a faixa etária com o maior percentual de usuários é a de pessoas entre 25 e 29 anos, em que 96,3% declararam ter usado a rede em 2023. Em seguida, estão as faixas: 20 a 24 anos (95,9%); 30 a 39 anos (95,5%); 14 a 19 anos (93,7%); 40 a 49 anos (93,4%); 10 a 13 anos (84,2%); e 60 anos ou mais (66%). O IBGE também identificou que brasileiros com mais de 50 anos estão cada vez mais on-line. A pesquisa aponta que as regiões Centro-Oeste (91,4%), Sudeste (89,9%) e Sul (89,2%) têm os maiores índices de uso de internet no país, seguidos de Norte (85,3%) e Nordeste (84,2%).
Uso de Serviço de Streaming no Brasil
A Pnad também apresentou um panorama do uso de streaming pago no país. Em 2023, 31,1 milhões de brasileiros, ou 42,1% da população, utilizavam alguma plataforma de streaming, enquanto 57,9% não usavam. O percentual de lares com esse tipo de serviço caiu em relação a 2022, quando era de 43,4%. Essa redução foi observada em todas as regiões do país, segundo o IBGE. As regiões com os maiores percentuais de acesso são: Sul (49%), Centro-Oeste (48,2%) e Sudeste (47,6%), enquanto as menores taxas estão nas regiões Norte (37,5%) e Nordeste (28,2%).
Fonte: © G1 – Tecnologia
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