Atendimento inicial a 43 comunidades às margens do Rio Negro, na Operação Estiagem, com unidades de Saúde da Família Fluviais no Amazonas.
A estiagem está se tornando uma realidade cada vez mais presente em Manaus, e para lidar com essa situação, a cidade inicia nesta segunda-feira (16) a primeira fase da Operação Estiagem, um plano de ação para minimizar os impactos da seca na região.
Com o nível dos rios Negro e Amazonas em baixo, as famílias das comunidades ribeirinhas já estão sentindo os efeitos da estiagem. Para ajudar a aliviar a situação, a Operação Estiagem irá distribuir cestas básicas e kits de ajuda humanitária para as famílias mais afetadas. A estiagem é um desafio que exige ação imediata. A distribuição de ajuda humanitária é apenas o início de um processo de apoio às comunidades afetadas. Além disso, a operação também visa promover a conscientização sobre a importância da conservação dos recursos hídricos e a preparação para situações de emergência.
Operação Estiagem: Prefeitura de Manaus atende comunidades ribeirinhas
A prefeitura da capital amazonense lançou uma operação para atender às necessidades de mais de 7,7 mil famílias, correspondendo a cerca de 25 mil pessoas de 93 comunidades ribeirinhas da capital, afetadas pela estiagem. No primeiro momento, serão atendidas 43 comunidades do Rio Negro, entre o Tarumã Mirim e o Apuaú, com a distribuição de mantimentos e kits de higiene para as famílias. Essas populações receberão 14 mil cestas básicas, 500 mil garrafas de água de 2 litros, 39 mil litros de gasolina e 46 mil litros de diesel.
Além disso, duas unidades de Saúde da Família Fluviais (USFF) ficarão disponíveis na base dos Rios Negro e Amazonas, para atendimento das comunidades. Outras dez unidades rurais, de apoio a essas embarcações de saúde, estão abastecidas com medicamentos e materiais necessários para o pleno funcionamento durante a estiagem. As escolas municipais dessas localidades também já estão abastecidas com merenda escolar e água, com funcionamento garantido até o fim de setembro, mês em que se encerra o calendário escolar por causa da seca dos rios.
Impacto da estiagem nos rios
Segundo as autoridades municipais, não haverá prejuízo à aprendizagem dos estudantes porque o conteúdo foi ensinado ao longo dos últimos meses, conforme resolução municipal aprovada no fim de junho. A cota do rio Negro baixou mais de três metros nos últimos 13 dias, de acordo com os dados do monitoramento feito pelo Porto de Manaus. A média de descida tem variado entre 25 e 27 centímetros ao dia. Nessa sexta-feira (13), a cota atual estava em 16,75 metros. Na mesma data, no ano passado, a cota estava em 20,91 metros. A diferença chega a mais de quatro metros, em relação a 2023, quando foi registrada a pior estiagem em 120 anos.
A seca do Rio Negro em 2024 está mudando o cenário da orla de Manaus. Além da seca, o calor intenso atinge a capital. O bloqueio atmosférico e o efeito pré-frontal devem fazer com que os termômetros subam neste fim de semana em Manaus. Na capital, a máxima prevista para domingo (15) é de 39°C, o que igualaria o recorde histórico da cidade observado em 11 de setembro, segundo a Climatempo. A estiagem e a seca dos rios estão causando uma emergência na região, e a prefeitura está trabalhando para atender às necessidades da população. O nível dos rios está em baixo, e a situação é considerada crítica.
Fonte: @ Agencia Brasil
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