Complexo empresarial com retrofit e placas de energia solar para reduzir rastros negativos. Compromisso com ESG e certificação LEED valorizam o imóvel.
A sustentabilidade é um dos pilares do E-business Park, que possui 30 mil m² de área verde e 90% de reaproveitamento da água pluvial. Além disso, o empreendimento conta com painéis solares que garantem a geração de energia limpa e renovável.
A preocupação com a preservação ambiental e a responsabilidade ambiental são aspectos essenciais para o E-business Park, que busca promover a eco-sustentabilidade em todas as suas ações. A conscientização sobre a importância de práticas sustentáveis é fundamental para garantir um futuro mais verde e equilibrado para as próximas gerações.
Construção sustentável: a importância da preservação ambiental
O complexo empresarial que reúne mais de 30 escritórios de empresas nacionais e multinacionais deu início a instalação de placas de energia solar, promete ter 100% de energia elétrica limpa ainda em 2024 e possui a meta de ser carbono zero até 2030. Fruto de um retrofit realizado há cerca de 20 anos, o edifício tem a sustentabilidade como um de seus pilares. Entre as iniciativas do edifício estão sistemas de iluminação em LED, carregadores de carros elétricos e coletas seletivas de resíduos. Além disso, o empreendimento possui quase 3 mil árvores catalogadas, entre espécies nativas e exóticas, em uma área verde de 30 mil m². ‘Quando começamos o projeto, falava-se pouco de preocupação com o meio ambiente. O conceito de ESG surgiu recentemente.
ESG e sustentabilidade: uma combinação essencial
Porém, nós já tínhamos essa atenção. Desde a forma como o ar condicionado seria utilizado até a cor da fachada, para evitar o desperdício de energia’, garante Sidney Angulo, diretor do E-business Park. ‘Hoje, percebo várias empresas brasileiras com essa preocupação. Antes eram só empresas estrangeiras’. Sidney Angulo, diretor do complexo empresarial E-business Park, diz que empresas brasileiras estão ficando mais atentas com demandas ESG/ Crédito: Divulgação/E-business Park A perspectiva de Sidney vai ao encontro de uma tendência do mercado corporativo global de diminuir os rastros negativos que o setor imobiliário gera para o planeta.
Compromisso com o meio ambiente e valor do imóvel
De acordo com a iniciativa Architecture 2030, este ecossistema é responsável por 42% das emissões de carbono relacionadas à energia. Não à toa, grandes empresas multinacionais já assumiram o compromisso de ocupar apenas edifícios com zero emissão de carbono até 2030. Paula Casarini, CEO da Colliers, empresa de gestão e comercialização de imóveis corporativos, afirma que é questão de tempo para mais prédios passarem a investir em iniciativas ESG como um diferencial mercadológico. E a justificativa é financeira. ‘O valor do imóvel é calculado de acordo com a capacidade dele de gerar renda. Não adianta construir um prédio e não dar a ele condições competitivas de gerar lucro’, aponta.
Certificação LEED e a preocupação ambiental como diferencial
‘Brasileiros estão menos avançados em prédios ESG’, observa CEO da Colliers ‘Quando você pensa em um prédio corporativo de alto padrão, ele necessariamente tem que ter uma certificação LEED. Sem isso, você não consegue o mesmo valor de locação e ele não vai performar tão bem quanto os outros ativos semelhantes’, analisa a executiva. Em busca da certificação LEED Desenvolvida pelo US Green Building Council (USGBC), a Certificação LEED é um sistema global de classificação para edifícios sustentáveis.
Iniciativas sustentáveis e a preocupação com o ESG
Para receber a qualificação, os prédios precisam atender determinados critérios, de acordo com a categoria em que ele se enquadra. Entre os aspectos observados estão eficiência energética, materiais e recursos utilizados na construção e a qualidade do ar interior. Publicidade Esta certificação é buscada por gestoras de fundos imobiliários e empresas multinacionais para atestar empreendimentos que, de fato, apresenta um nível relevante de preocupação ambiental. O Lotus Prime, prédio corporativo de 5 mil m² construído nas margens do Lago Paranoá, em Brasília (DF), por exemplo, possui duas certificações LEED.
Evolução para além do ESG: o desafio da sustentabilidade completa
‘É uma demanda de mercado que nos permitiu fechar negócios com empresas multinacionais’, afirma Lídia Cunha, coordenadora de Sustentabilidade da Lotus, empresa responsável pelo projeto. Atualmente, o edifício é a sede da Delegação da União Europeia no Brasil. Entre as iniciativas de sustentabilidade adotadas pela construtora Lotus estão a produção de energia fotovoltaica, a adoção de equipamentos e tecnologias para redução do consumo interno e externo de água, a utilização de espécies nativas e o reaproveitamento de água pluvial. ‘Também realizamos a aquisição de produtos com fornecedores locais, entre outras medidas’, adiciona Lídia.
Desafios e perspectivas para a sustentabilidade corporativa
A sigla ESG (Environmental, Social e Governance) é utilizada para indicar o conjunto de boas práticas que ajudam a definir se uma organização está atenta às demandas sociais, de sustentabilidade e de governança do mundo de hoje. Enquanto muitos empreendimentos corporativos se apresentam como ESG para conquistar a atenção de fundos de investimento e companhias com essa preocupação, nem sempre todas as letras da sigla são atendidas.
Da ativa aos ativos: conheça o militar que deixou a farda para ganhar a vida com fundos imobiliários Para Paula, a maior parte dos prédios que se denominam ESG não vão além da preocupação com as questões ambientais. ‘Prédios e galpões logísticos novos que são pensados desde o início como prédios sustentáveis atingem a certificação LEED, mas falham na parte do S e do G’, contextualiza a executiva. ‘Temos muitos prédios certificados e inteligentes, agora é hora de ir além da certificação ambiental’, defende.
Ela exemplifica a atenção ao conforto visual, conforto sonoro e o incentivo à prática de exercício físico como iniciativas sociais que os prédios podem adotar para influenciar positivamente a qualidade de vida dos colaboradores. ‘Já as políticas de governanças podem ser analisadas em relação aos fundos que gerenciam esses prédios’, atesta Paula. ‘Em comparação à Europa, já estamos próximos no tema sustentabilidade, agora precisamos passar para o ESG completo’, afirma. Leia mais: Depois da bússola, o mapa Venda de imóveis de médio e alto padrão aumenta em 2022 ‘O mercado imobiliário me permitiu exercer a função de mãe’ brasília e-business park mercado imobiliário multinacionais prédios corporativos sustentabilidade valorização
Fonte: © Estadão Imóveis
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