Religiosa simulava ato carnal com fiéis, inspirada no profeta Habacuque, figura religiosa de fazer previsões.
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O pastor de 50 anos que é acusado de desviar dinheiro de fiéis em uma igreja evangélica de São Paulo se diz inocente e afirma que está sendo vítima de uma conspiração. O pastor, cujo nome não foi divulgado, alega que as acusações são infundadas e que ele sempre agiu de acordo com os princípios da igreja.
O líder religioso réu alega que está sendo alvo de perseguição e que confia na justiça divina para provar sua inocência. O pastor afirma que continuará seu trabalho na igreja, ajudando os fiéis e pregando a palavra de Deus com honestidade e dedicação.
Revelações sobre o Pastor Sinval Ferreira e a Pastora Cúmplice
Durante um depoimento, o pastor Sinval Ferreira, atualmente réu e detido de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), trouxe à tona um aspecto intrigante da pastoria. Segundo informações da PCDF, Sinval negou veementemente as acusações de abuso contra os fiéis e descreveu sua cúmplice como alguém que apenas realizava uma ‘obra de imitação’, sem consumar atos carnais.
Ao ser questionado pelo delegado Marcos Vinícius Miranda, responsável pelo caso, sobre a possível inspiração religiosa da mulher nas atividades investigadas, a pastora optou por manter-se em silêncio, evitando assim a prisão e aguardando em liberdade. Sinval atua como líder na Casa de Oração Pentecostal Missionários, localizada em Samambaia, e teria buscado se reaproximar de sua ex-esposa, frequentadora de uma igreja em Sobradinho, onde sua cúmplice também frequentava.
A investigação aponta o pastor como o mentor por trás dos abusos sexuais e financeiros cometidos contra os fiéis de sua igreja. Utilizando sua influência e alegando possuir o dom de fazer previsões, ele manipulava as crenças dos seguidores, desfazendo ‘maldições’ e prometendo salvar suas vidas.
A forma de atuação do pastor era impactante. Ele abordava principalmente homens, revelando visões alarmantes de mortes iminentes em suas famílias. Em um caso específico, ele teria predito a morte da esposa de um fiel, exigindo sete ‘unções’ íntimas para quebrar a suposta maldição e salvar a vida da mulher. Sob coação, a vítima cedeu às práticas do pastor, incluindo relações sexuais.
Além dos abusos sexuais, o pastor também extorquia financeiramente os fiéis, ameaçando-os com previsões sombrias e persuadindo-os a fazer ‘doações generosas’ para a igreja. Uma vítima chegou a financiar viagens do pastor e outra teve que arcar com despesas de uma viagem ao Rio de Janeiro, além de emprestar uma chácara para supostas orgias envolvendo membros da igreja.
A investigação revelou que a pastora cúmplice colaborava nas ameaças de castigo divino e participava dos abusos. Ambos enfrentarão acusações de violação sexual mediante fraude e extorsão, com penas que podem chegar a 17 anos de reclusão. A defesa de Sinval Ferreira não foi localizada para comentários, enquanto a pastora permanece anônima, impossibilitando a identificação de seus advogados. O espaço está aberto para manifestações em ambos os casos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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