Mello Araújo recebeu endosso do governador para compor chapa na ré-eleição de 2020, com apoio oficial do ex-presidente.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), divulgou, nesta quinta-feira (22), o nome do vice em sua chapa para a reeleição.
O coronel da reserva da Polícia Militar, Ricardo Mello Araújo, foi o escolhido para compor a chapa de Ricardo Nunes como vice-prefeito nas próximas eleições.
Nunes: O Novo Prefeito de São Paulo
Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo de Mello Araújo é quem ocupará o posto. O anúncio ocorre faltando quase um mês para o início do período de convenções partidárias e registro de candidaturas e coligações, que abre em 20 de julho, de acordo com o calendário eleitoral. Vices e alianças: como está o cenário eleitoral em São Paulo. TCU arquivou em fevereiro apuração sobre vice de Nunes na Ceagesp. Quem é o coronel Mello Araújo, indicado por Bolsonaro e escolhido como vice de Nunes.
O momento é bem anterior ao do ciclo de 2020, quando Nunes foi vice do então prefeito Bruno Covas (PSDB), morto em maio de 2021. O emedebista só foi confirmado pelo tucano faltando quatro dias para o último dia previsto para a oficialização de chapas. Nunes já vinha repetindo que a vice de chapa passaria, primordialmente, pelo aval de Bolsonaro e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em acordo que faria do prefeito o candidato com o apoio oficial do ex-presidente na capital paulista.
Na quarta-feira (19), representantes dos 11 partidos que apoiam a empreitada de Nunes – mais o União Brasil – acertaram que a vaga de vice da chapa iria para um nome do PL. O acordo se deu em jantar realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado. Efeito Marçal: A definição sobre o vice de Nunes acelerou desde que o empresário Pablo Marçal (PRTB) anunciou que concorreria à prefeitura, no final de maio, e começou a buscar apoios no bolsonarismo.
Pesquisa Atlas/CNN divulgada nesta semana apontou Marçal com 12,6% das intenções de voto, logo atrás de Boulos (35,7%) e Nunes (23,7%). Entre os paulistanos que votaram em Bolsonaro para presidente em 2022, o prefeito tem 51,4% e o empresário, 26,9%. Deputados estaduais do PL descontentes com a aliança com Nunes chegaram a se encontrar com Marçal esta semana. E insatisfeitos com a priorização a Bolsonaro, siglas aliadas a Nunes fizeram chegar a outras pré-campanhas seus descontentamentos.
‘A decisão do prefeito Nunes de se aproximar de Bolsonaro é fruto de um cálculo estritamente eleitoral’, afirma o cientista político e professor José Álvaro Moisés, da Universidade de São Paulo (USP). Reflexo da polarização: Para o analista político José Alves Trigo, a definição por Mello Araújo na chapa do prefeito serve para ‘mostrar claramente que Nunes está com Bolsonaro’, em uma eleição polarizada e com repercussões nacionais – e isso sem falar da sombra de Marçal. Em São Paulo, Boulos já tem como vice a ex-prefeita Marta Suplicy, que, sob apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltou ao PT.
Desde sua fundação, a legenda nunca havia deixado de lançar um candidato próprio na capital paulista. ‘São Paulo é a grande vitrine das eleições, podendo ser o termômetro das competências e capacidades tanto do PT quanto do bolsonarismo’, afirma Trigo, que é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Vices indefinidos em outras capitais: O cenário em São Paulo é atípico.
Fonte: @ CNN Brasil
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