Forma de diagnóstico em casa: mais assertiva que em consultórios para compor diagnóstico de como a pressão arterial se comporta em pacientes com condição afetada.
Na data de hoje, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou orientações atualizadas para a identificação do diagnóstico de pressão alta, também chamada de hipertensão arterial.
Para garantir um diagnóstico de pressão alta preciso, é fundamental realizar regularmente a medição da pressão arterial e adotar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada. Manter o controle da pressão alta é essencial para a prevenção de complicações relacionadas à saúde cardiovascular.
Implementando Novas Diretrizes para o Diagnóstico de Pressão Alta
Reconhecida como um dos principais fatores de risco associados à mortalidade e ao desenvolvimento de outras doenças, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a insuficiência renal, a hipertensão arterial afeta aproximadamente 45% dos brasileiros entre 30 e 79 anos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Forma de diagnóstico, atualmente, costuma ser estabelecida com base nos resultados das medições realizadas em consultórios médicos ou outras unidades de saúde, até mesmo por meio daqueles processos típicos de triagem que antecedem o atendimento.
No entanto, as recentes Diretrizes Brasileiras de Medição da Pressão Arterial, desenvolvidas por 67 profissionais que estão entre os principais especialistas do País, sugerem a realização de exames adicionais e fora do consultório para uma avaliação mais precisa da condição. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pacientes levam os dispositivos para casa e os utilizam durante a rotina diária, o que permite compreender como a pressão arterial se comporta no dia-a-dia.
Conforme explica o cardiologista Audes Feitosa, coordenador das diretrizes, a medição da pressão arterial é mais complexa do que parece, podendo ser influenciada por diversos fatores, como estresse, ansiedade ou medo, sensações comuns de quem vivenciou algum tipo de acidente ou espera para receber uma avaliação do médico. Tudo isso pode colaborar com um falso diagnóstico e, no pior dos casos, em tratamento desnecessário.
As sensações de visitas a consultórios, como ansiedade e medo, podem influenciar no resultado dos exames, ressaltando a importância de uma avaliação mais abrangente. O ambiente do consultório, por si só, pode ser propício a erros na medição da pressão arterial. Ocorre que o paciente geralmente não está familiarizado com o lugar, podendo estar ansioso quanto ao diagnóstico e ter dúvidas, o que pode resultar em níveis de pressão que ele normalmente não teria em situações cotidianas.
Diante desse contexto, as novas diretrizes recomendam que, além do exame no consultório, seja realizada uma das três modalidades de exame: Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA), e Automedida da Pressão Arterial (AMPA). Atualizar a forma de diagnóstico é fundamental para compreender adequadamente a condição do paciente em diferentes situações.
Quanto aos valores, a SBC esclarece que, considerando somente as medições em consultório, a hipertensão é caracterizada pela pressão sistólica a partir de 140 mmHg e a diastólica a partir de 90 mmHg, o que seria popularmente chamado de 14 por 9. Nas medições em casa, os valores variam, mas o limiar para o diagnóstico é mais baixo, na faixa de 13 por 8. Consultar um cardiologista para orientações específicas em relação a cada tipo de exame feito na residência é crucial para um correto diagnóstico e acompanhamento da pressão alta.
A utilização dessas técnicas, segundo o especialista, auxilia significativamente na compreensão do comportamento da pressão arterial, propiciando uma abordagem mais abrangente e personalizada para cada paciente. A evolução nos métodos de diagnóstico de pressão alta reflete o compromisso da área de saúde com a prevenção e o tratamento eficaz dessa condição, beneficiando a população em geral.
Fonte: @ Estadão
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