Em uma das cidades mais densamente povoadas da Itália, um perigo iminente se esconde abaixo: uma erupção de lava com velocidade quase imperceptível ameaça escritórios e hotéis modernos.
A energia de Nápoles é contagiante, seja nos movimentos acelerados pelas ruas estreitas ou nas pausas para apreciar a vista do Golfo de Nápoles. A cidade italiana transpira vida e história em cada esquina, cada prato de massa e cada conversa animada em um café.
Além de ser um centro cultural vibrante, Nápoles também guarda segredos antigos em suas ruas de paralelepípedo e edifícios históricos. A atmosfera única da cidade italiana atrai visitantes em busca de uma experiência autêntica com uma pitada de caos e uma dose generosa de charme mediterrâneo.
Catástrofes em Nápoles: O Poder dos Vulcões
Trata-se de uma metrópole ainda influenciada por decisões tomadas há centenas de anos: redes de ruelas estreitas que nenhum urbanista jamais projetaria hoje; escritórios e hotéis modernos encostados em ruínas romanas e mansões centenárias. O que é menos óbvio é que Nápoles também tem um ritmo geológico — e este é o mais poderoso.
Na maioria das vezes, tem uma velocidade quase imperceptível, mas de vez em quando acelera até a catástrofe: uma erupção de lava e rochas que interfere em todas as outras escalas de tempo da cidade. Os vulcões de Nápoles têm um tempo diferente do dos seres humanos — evoluindo ao longo de décadas, séculos ou até mesmo milênios —, por isso pode ser fácil supor que são estáticos.
Em meados de março de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, depósitos de magma e gás que se acumulavam lentamente sob o Vesúvio, começaram de repente a entrar em erupção. Um médico militar dos EUA, Leander Powers, que estava servindo na Itália na época, descreveu o que viu… Enquanto estávamos terminando o jantar, alguém ligou para dizer que havia fluxos vermelhos de lava gigantescos descendo pelas encostas do Monte Vesúvio… a gente podia ver um brilho no céu.
Riscos e Prevenção em Nápoles
Descobri uma cidade que caminha para o desastre, mas ninguém pode dizer ao certo quando ou onde isso vai acontecer. Uma das últimas vezes que Nápoles sofreu um grande evento vulcânico foi há exatamente 80 anos.
Atualmente, o cume é uma atração turística, repleta de ônibus que transportam os visitantes até o topo e barracas de souvenirs que vendem ímãs de geladeira feitos de lava solidificada. O vulcão está muito mais silencioso, e o acontecimento catastrófico de 1944 começa a desaparecer da memória coletiva à medida que as gerações mais velhas morrem.
O Vesúvio não é como uma montanha normal. Na subida, o geólogo Giovanni Macedonio, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), apontou para a topografia arruinada por erupções passadas.
No entanto, o Vesúvio continua ativo — e um dia vai explodir novamente. O geólogo Vincenzo Morra, da Universidade de Nápoles Federico II, que vive e trabalha no vulcão, na zona vermelha de Nápoles, me pegou na estação de trem em sua scooter e, enquanto cortávamos os carros pelo trânsito intenso, percebi que ele provavelmente tem um apetite maior por riscos do que eu.
Enquanto as crianças brincavam, e as pessoas comiam ao ar livre sob o Sol de julho, discutíamos a perspectiva arrepiante de uma erupção iminente. No entanto, nas últimas décadas, o solo abaixo de Pozzuoli tem agido de forma incomum. Entre 1969-1972 e 1982-1984, elevou-se em rápidas explosões.
A caldeira começou a agir de forma diferente ao longo da última década: houve um período de subsidência sustentada, seguido por uma elevação muito mais lenta. Kilburn e seus colegas interpretam isso como significado de que o vulcão está fazendo algo novo.
Quando acelerarem rumo à catástrofe, pode ser amanhã — pode demorar décadas ou talvez até séculos —, mas uma coisa é bastante certa: caminhar para esse dia é inevitável.
Precaução e Ciência em Nápoles
Trata-se de uma metrópole ainda influenciada por decisões tomadas há centenas de anos: redes de ruelas estreitas que nenhum urbanista jamais projetaria hoje; escritórios e hotéis modernos encostados em ruínas romanas e mansões centenárias. O que é menos óbvio é que Nápoles também tem um ritmo geológico — e este é o mais poderoso.
Na maioria das vezes, tem uma velocidade quase imperceptível, mas de vez em quando acelera até a catástrofe: uma erupção de lava e rochas que interfere em todas as outras escalas de tempo da cidade. Os vulcões de Nápoles têm um tempo diferente do dos seres humanos — evoluindo ao longo de décadas, séculos ou até mesmo milênios —, por isso pode ser fácil supor que são estáticos.
Em meados de março de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, depósitos de magma e gás que se acumulavam lentamente sob o Vesúvio, começaram de repente a entrar em erupção. Um médico militar dos EUA, Leander Powers, que estava servindo na Itália na época, descreveu o que viu… Enquanto estávamos terminando o jantar, alguém ligou para dizer que havia fluxos vermelhos de lava gigantescos descendo pelas encostas do Monte Vesúvio… a gente podia ver um brilho no céu.
Riscos e Prevenção em Nápoles
Descobri uma cidade que caminha para o desastre, mas ninguém pode dizer ao certo quando ou onde isso vai acontecer. Uma das últimas vezes que Nápoles sofreu um grande evento vulcânico foi há exatamente 80 anos.
Atualmente, o cume é uma atração turística, repleta de ônibus que transportam os visitantes até o topo e barracas de souvenirs que vendem ímãs de geladeira feitos de lava solidificada. O vulcão está muito mais silencioso, e o acontecimento catastrófico de 1944 começa a desaparecer da memória coletiva à medida que as gerações mais velhas morrem.
O Vesúvio não é como uma montanha normal. Na subida, o geólogo Giovanni Macedonio, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), apontou para a topografia arruinada por erupções passadas.
No entanto, o Vesúvio continua ativo — e um dia vai explodir novamente. O geólogo Vincenzo Morra, da Universidade de Nápoles Federico II, que vive e trabalha no vulcão, na zona vermelha de Nápoles, me pegou na estação de trem em sua scooter e, enquanto cortávamos os carros pelo trânsito intenso, percebi que ele provavelmente tem um apetite maior por riscos do que eu.
Enquanto as crianças brincavam, e as pessoas comiam ao ar livre sob o Sol de julho, discutíamos a perspectiva arrepiante de uma erupção iminente. No entanto, nas últimas décadas, o solo abaixo de Pozzuoli tem agido de forma incomum. Entre 1969-1972 e 1982-1984, elevou-se em rápidas explosões.
A caldeira começou a agir de forma diferente ao longo da última década: houve um período de subsidência sustentada, seguido por uma elevação muito mais lenta. Kilburn e seus colegas interpretam isso como significado de que o vulcão está fazendo algo novo.
Quando acelerarem rumo à catástrofe, pode ser amanhã — pode demorar décadas ou talvez até séculos —, mas uma coisa é bastante certa: caminhar para esse dia é inevitável.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo