O presidente do Senado devolveu medida extremamente agressiva ao governo, causando reação adversa e insatisfação generalizada. Mudando normas e regulamentações.
Brasília – O governo enfrentou as consequências de suas ações. A repercussão negativa e ampla de todo o setor empresarial do país em relação à Medida Provisória 1227, que restringia a utilização de créditos de PIS e Cofins das empresas para quitação de outros impostos, evidenciou a falta de habilidade do governo em dialogar com o parlamento, culminando em mais um revés do Executivo.
Em meio a críticas e pressões, o presidente viu-se diante de um cenário desafiador no Palácio do Planalto. A necessidade de reavaliar estratégias e buscar alternativas tornou-se urgente para o governo. A lição aprendida foi clara: a comunicação e a negociação são fundamentais para o sucesso das políticas públicas.
Governo enfrenta reação adversa após recuar da ‘MP do fim do Mundo’
Uma semana após a intensa grita empresarial contra a medida conhecida como ‘MP do fim do Mundo’, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se viu obrigado a recuar. A decisão de suspender imediatamente os efeitos da MP partiu do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que devolveu o texto ao Executivo.
Eduardo Natal, especialista em Direito Tributário, destacou que empresários e parlamentares reagiram de forma contundente à estratégia do Palácio do Planalto. Ele ressaltou que o governo adotou a tática de impor medidas extremamente agressivas para depois negociar em condições menos gravosas. No entanto, essa abordagem gerou uma reação adversa generalizada, provocando um sentimento de insatisfação entre diversos setores.
Durante um evento no Guarujá, litoral de São Paulo, o empresário Rubens Ometto criticou abertamente as ações do governo. Ele enfatizou que o governo está alterando normas e regulamentações de forma prejudicial, desrespeitando a lei e estabelecendo um mau exemplo. Suas palavras ecoaram entre os empresários, elevando a importância do tema e chamando a atenção do presidente Lula.
Antes mesmo da devolução da MP, o presidente da CNI, Ricardo Alban, indicou a desistência do governo em prosseguir com a proposta. Após um encontro no Palácio do Planalto, Alban destacou a importância de ouvir o setor produtivo e a necessidade de um diálogo mais amplo. A expectativa é que o governo conduza as discussões de forma mais cautelosa, sob a liderança do senador Jaques Wagner, sem abordar o tema do PIS e Cofins.
A CNI estima que a medida teria um impacto negativo significativo na indústria, com prejuízos de bilhões de reais a curto e médio prazo. A decisão de recuar da ‘MP do fim do Mundo’ reflete a pressão e a insatisfação generalizada que a medida provocou, levando o governo a reconsiderar suas ações.
Fonte: @ NEO FEED
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