Mulher negou prática de crimes: perseguidos cinco anos, 42 boletins de ocorrências, ameaças, extorsão; 1.300 mensagens, 50 ligações celulares, invadiu consultório, furou celular, medidas cautelares, novo mandado de prisão.
Uma jovem foi detida por perseguição após perseguir por cinco anos um médico e sua família, em Ituiutaba, município do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. A mulher de 23 anos estava desaparecida desde março do ano anterior e foi capturada em 8 de junho, em uma faculdade de Uberlândia, onde estudava nutrição. Além disso, ela enfrenta acusações de furto, ameaça e extorsão.
No segundo parágrafo, a jovem foi acusada de postar comentários invasivos nas redes sociais da família do médico, ligar de forma insistente e incômoda para a residência deles, systematicamente perturbando a tranquilidade da vítima. A prisão ocorreu após denúncias dos vizinhos, que relataram o comportamento perturbador da mulher. perseguição
Stalking: Uma História de Perseguição Persistente
No último domingo, 19, o programa Fantástico trouxe à tona um caso perturbador envolvendo a prática de stalking. A defesa, por sua vez, nega veementemente a ocorrência de quaisquer crimes. A suspeita em questão, identificada como Kawara Welch, iniciou sua perseguição ao médico em 2019, alegando estar apaixonada por ele, conforme relatado na denúncia. Mesmo após ser removida da lista de pacientes pelo profissional de saúde, as perseguições continuaram de forma incansável.
Diante da resistência do médico ao assédio, Kawara passou a fazer ameaças e a contatar insistentemente os familiares do profissional. O médico e sua esposa tiveram que lidar com a angústia de registrar 42 boletins de ocorrência, abrangendo perturbação do sossego, lesão corporal, ameaças e extorsão. Em uma entrevista ao Fantástico, o médico revelou que inicialmente a jovem procurou tratamento para depressão, mas posteriormente tentou estabelecer um relacionamento, sendo rejeitada em suas investidas.
A situação se agravou quando Kawara começou a enviar mensagens perturbadoras, simulando atos de automutilação e ameaçando expor conversas íntimas. Em um único dia, ela enviou cerca de 1.300 mensagens e realizou mais de 500 ligações telefônicas. O médico relatou que a perseguição ultrapassou os limites, com a jovem comparecendo a congressos e até mesmo o seguindo no trânsito, forçando-o a tomar medidas extremas para escapar.
Em um episódio chocante, Kawara invadiu o consultório do médico, agredindo sua esposa e chegando ao ponto de furtar o celular da mulher do profissional. Diante desses atos, um mandado de prisão foi emitido, porém a jovem foi liberada sob medidas cautelares, as quais não foram cumpridas. Como resultado, um novo mandado de prisão foi expedido, sendo prontamente executado pela Delegacia de Homicídios de Uberlândia.
A jovem foi conduzida à Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, em Uberlândia, após a apreensão de seus celulares para investigação. O stalking, conhecido como perseguição, é uma prática que envolve perseguir alguém de forma sistemática, incluindo postagens invasivas em redes sociais e ligações incessantes e perturbadoras. O ato de seguir a rotina da vítima e abordá-la de maneira inconveniente também se enquadra nessa categoria.
Em março de 2021, o stalking foi oficialmente tipificado como crime no Código Penal, acarretando uma pena que varia de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa. A defesa de Kawara Welch alegou que ela mantinha um relacionamento com o médico e buscava apenas manter essa conexão, negando as acusações. Por outro lado, o advogado do médico refutou veementemente a existência de qualquer relacionamento e destacou a gravidade das ações da acusada.
Até o momento, não foi possível contatar o advogado de Kawara para comentários adicionais. O espaço permanece aberto para a manifestação da defesa, enquanto a justiça segue seu curso diante desse caso de stalking que chocou a todos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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