Economistas Daniel Weeks (Safra Asset) e Marcelo Toledo (Bradesco Asset): meta fiscal revista, economia aquecida, enchentes gaúchas impactam; inflação esperanças baixadas: meta, fiscal, mudança, atividade econômica aquecida, gastos futuros, votação dividida, razões estruturais.
O panorama fiscal e monetário do Brasil sofreu uma rápida transformação e a perspectiva, até o final de 2025, tornou-se de inflação em crescimento, o que pode restringir a capacidade do Banco Central de implementar novas reduções nas taxas de juros a médio prazo.
Com a possibilidade de uma inflação forte se consolidando, os desafios econômicos do país se tornam mais complexos, exigindo medidas cautelosas por parte das autoridades financeiras para manter a estabilidade financeira e controlar os impactos negativos no mercado.
Inflação: Tendências e Perspectivas Econômicas
O alerta sobre a inflação foi feito durante o TAG Summit 2024 por Daniel Weeks, economista-chefe da Safra Asset, e Marcelo Toledo, economista-chefe da Bradesco Asset. Eles destacaram a possibilidade de uma mudança na trajetória de queda de juros devido a diversos fatores recentes. A mudança de meta fiscal do governo, que afetou as expectativas de inflação, a economia aquecida e os gastos futuros para reconstrução do Rio Grande do Sul após uma enchente recorde foram mencionados como influências significativas.
Questões políticas também foram levantadas, como a votação dividida no Copom, que resultou em uma redução no ritmo de cortes de juros. Além disso, a mudança de direção do Banco Central prevista para o final do ano pode impactar a política monetária em 2025. A deterioração do arcabouço fiscal e a divisão na votação do Copom entre os indicados pelos governos Bolsonaro e Lula da Silva foram apontadas como fatores determinantes nessa mudança de percepção.
Weeks ressaltou que, apesar das diferentes visões de política monetária no Copom, a tendência de mudança nas decisões do BC tem razões estruturais, especialmente relacionadas à inflação. Ele alertou para um cenário mais desafiador, com indicativos de inflação mais forte no futuro, devido a condições econômicas e custos elevados da tragédia no Rio Grande do Sul.
Toledo enfatizou a importância da política fiscal e da atividade econômica aquecida para a perspectiva de uma inflação mais elevada a médio prazo. Mesmo com uma tendência de queda anual recente, a atividade forte pode impulsionar a inflação. Ele previu que o BC terá menos espaço para reduzir os juros de forma agressiva.
A ata da última reunião do Copom, divulgada pelo Banco Central, seguiu um tom considerado ‘hawkish’, indicando que o ciclo de afrouxamento monetário está chegando ao fim. O compromisso do Copom com a meta de inflação foi destacado como justificativa para a redução da Selic. Os membros alinhados ao governo federal que votaram pela redução compartilharam da mesma percepção de cenário, apesar das diferenças políticas.
Fonte: @ NEO FEED
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