Dona Sadia e Perdigão contribuíram com 80% do Ebitda da controladora, melhor trimestre na história de suas operações continuidas de bovinos na América do Norte. Indústria com margens apertadas oferece produtos de valor agregado, capacidade animal irá diminuir.
Anúncio Novamente, a BRF (BRFS3) desempenhou um papel crucial nos resultados trimestrais da Marfrig (MRFG3). A empresa controladora encerrou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 62,6 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 634 milhões no mesmo período do ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) também apresentou uma recuperação significativa.
A parceria entre a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3) continua a demonstrar resultados positivos, com a controladora contribuindo de forma decisiva para o desempenho financeiro da empresa. Os resultados trimestrais refletem a eficácia das estratégias adotadas, evidenciando a resiliência e o potencial de crescimento do setor. Além disso, a sinergia entre as duas companhias fortalece ainda mais a posição no mercado.
BRF, Marfrig: Resultados Trimestrais em Destaque
Entre janeiro e março, o indicador registrou um impressionante crescimento de 94,8%, totalizando R$ 2,7 bilhões. Nesse período, a BRF teve um desempenho excepcional, contribuindo com 80% desse resultado, graças ao seu melhor primeiro trimestre da história.
As operações de carne bovina, tanto na América do Sul quanto na América do Norte, foram responsáveis por 56% da receita total da Marfrig no primeiro trimestre, deixando os restantes 44% para a BRF. Esse cenário impulsionou a receita da Marfrig em 3,8%, alcançando R$ 30,4 bilhões nos primeiros três meses do ano.
A Marfrig tomou a decisão de excluir do resultado consolidado gerencial os dados relacionados às unidades vendidas para a Minerva (BEEF3), aguardando a aprovação do Cade. Dessa forma, as operações da América do Sul são consideradas apenas as operações continuadas.
Na América do Norte, as operações de bovinos enfrentam desafios devido à oferta restrita de gado, apesar das perspectivas positivas de demanda. A margem Ebitda sofreu uma queda, passando de 3,9% no primeiro trimestre do ano passado para os atuais 2,1%. As margens continuam apertadas, e a expectativa é de uma compressão ainda maior.
Tim Klein, CEO das operações da Marfrig na América do Norte, prevê que, devido à escassez de animais, a capacidade da indústria irá diminuir, atingindo seu ponto mais baixo em 2027. Ele estima uma ociosidade entre 20% e 25% durante o ciclo mais desafiador.
Na América do Sul, houve melhorias significativas, impulsionadas pelo aumento dos volumes e dos preços médios no mercado interno. A receita da Marfrig na região cresceu 11%, atingindo R$ 3 bilhões, enquanto o volume aumentou 13%, totalizando 165 mil toneladas.
Rui Mendonça, CEO das operações da América do Sul da Marfrig, expressou o desejo de aumentar a participação dos produtos de valor agregado na receita da empresa. No primeiro trimestre, esses produtos representaram 39% do valor de vendas na América do Sul, demonstrando uma estratégia de crescimento e diversificação.
Fonte: @ Info Money
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