Edilson Barbosa dos Santos foi preso após investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro confirmar informações da delação do ex-PM Élcio de Queiroz, com apoio da Polícia Federal e Procuradoria-Geral.
No Rio de Janeiro, a Justiça deu um passo importante na busca por respostas sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes. Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, foi condenado a cinco anos de prisão por sua participação na destruição do veículo utilizado no crime.
A decisão da Justiça é um reflexo da importância de se fazer valer a Lei e garantir que os responsáveis sejam punidos. O caso de Marielle Franco e Anderson Gomes é um exemplo de como a Justiça pode ser buscada e alcançada, mesmo diante de obstáculos e desafios. O Tribunal responsável pelo caso demonstrou que a Justiça é um direito fundamental e que será defendida a todo custo. A verdade prevaleceu.
Justiça: Orelha é condenado por obstruir investigação do caso Marielle
Orelha foi preso em fevereiro após uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro confirmar informações fornecidas na delação do ex-PM Élcio de Queiroz, responsável por conduzir o carro de onde o ex-PM Ronnie Lessa confessou ter disparado contra as vítimas. O advogado Felipe Souza, que defende Orelha, afirmou que vai recorrer da decisão, argumentando que a sentença foi baseada apenas na delação de Élcio e que a pena foi exagerada, pois Orelha é réu primário.
A sentença do juiz Renan Ongaratto, da 37ª Vara Criminal, destaca que a destruição do carro dificultou a investigação do caso, ‘prejudicando a confiança dos cidadãos nas instituições responsáveis pela observância da Lei e manutenção da ordem pública’. Além disso, a destruição do carro embaraçou as investigações daqueles homicídios, impossibilitando a realização de perícia criminal no veículo e contribuindo para que os executores dos crimes somente se tornassem suspeitos de seu cometimento quase um ano após a ocorrência das infrações.
Investigação e Obstrução da Justiça
Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especializada contra o Crime Organizado), Orelha impediu e atrapalhou as investigações do caso ao destruir o carro em um desmanche no morro da Pedreira, na zona norte do Rio. Além disso, os promotores afirmam que o suspeito é conhecido de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ambos presos desde 2019, acusados de matar a vereadora e seu motorista. Em sua delação, Queiroz afirmou que Orelha foi acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, para se livrar do veículo usado no atentado.
Investigação da Polícia Federal apontou que a morte de Marielle foi encomendada pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos desde março deste ano. Segundo denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), os dois nutriam divergências políticas com o PSOL, acirradas pela atuação da vereadora na Câmara Municipal contrária aos interesses da família. Os dois negam ter participado do crime. Além disso, também é acusado de participar do planejamento do crime o delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro à época do crime. A PGR afirma que ele deu orientações sobre como o homicídio deveria ser executado a fim de dificultar sua elucidação. Ele nega a acusação.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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