Elenilce enfrentou desafios com o tratamento do filho: bebê prematuro hemofílico, coagulação sanguínea alterada, reposição do fator de coagulação.
Quando Athos nasceu, sua mãe, Elenilce Nascimento, de 44 anos, foi informada de que seu filho precisaria de uma amputação na mão. A descoberta da hemofilia do garoto, que hoje celebra 10 anos, só ocorreu depois de três dias do nascimento.
A hemofilia é um transtorno hemorrágico hereditário que pode apresentar complicações em situações cotidianas. Athos enfrentou desafios devido a essa doença sanguínea, mas recebeu todo o apoio e tratamento necessários, demonstrando grande força e perseverança.
Diagnóstico de Hemofilia e Desafios Iniciais
A equipe médica do hospital, ao realizar a primeira coleta de sangue no bebê prematuro hemofílico, enfrentou uma situação inesperada. O local da coleta desenvolveu um hematoma tão grande que causou danos graves à mão do recém-nascido, levando à preocupação e confusão dos profissionais de saúde. A mãe, assustada, relata que os médicos cogitaram até mesmo a possibilidade de amputação, diante da necrose que se instalava na mão do bebê.
Após essa reviravolta dramática, veio o diagnóstico crucial: hemofilia. A mãe, Elenilce, e o bebê Athos deram início a uma jornada de cuidados intensivos, enfrentando os desafios impostos pelo distúrbio de sangramento ao longo da vida.
Entendendo a Hemofilia
A hemofilia é uma condição genética que afeta principalmente meninos, alterando a coagulação sanguínea e prejudicando a capacidade do organismo de se recuperar adequadamente de sangramentos. O processo de coagulação sanguínea, composto por várias etapas, é afetado na hemofilia, resultando na deficiência de um dos fatores necessários para a coagulação. Athos foi diagnosticado com hemofilia do tipo A, que afeta o fator VIII da coagulação.
A reposição do fator de coagulação é essencial no tratamento da hemofilia grave, como destaca a hematologista Alessandra Prezotti. No caso de Athos, a intervenção precisa ser rápida para garantir a eficácia do tratamento.
Desafios no Processo de Recuperação de Athos
Antes mesmo de completar um ano de idade, Athos enfrentou um novo desafio devido à sua condição. Um acidente enquanto brincava resultou em um hematoma grave na cabeça, levando a uma internação de 20 dias. Os médicos precisaram administrar frequentes aplicações de fatores de coagulação, mas a resposta do organismo do bebê era desanimadora.
A descoberta de que Athos produzia inibidores de coagulação complicou ainda mais o quadro. Seu sistema imunológico atacava as células injetadas para promover a coagulação, tornando o tratamento tradicional cada vez menos eficaz. Nesse momento delicado, a hematologista explicou a necessidade de recorrer a outros medicamentos para controlar os sangramentos, como o emicizumabe, uma opção para casos mais complexos de hemofilia A com inibidor.
A saga de Athos e sua família mostra a complexidade e os desafios enfrentados por indivíduos com hemofilia, ressaltando a importância da pesquisa contínua e do desenvolvimento de tratamentos inovadores para melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
Fonte: @ Metropoles
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