Senador Mark Kelly disse à NBC que o Departamento de Defesa dos EUA pode fornecer bombas da série Mark 84 e munições guiadas JDAMs para ajudar a Ucrânia a combater as Guardas Revolucionárias do Irã.
Um ataque aéreo recente em território libanês, que teve como alvo o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, foi realizado com o uso de uma bomba fabricada nos Estados Unidos, de acordo com informações divulgadas pelo senador americano Mark Kelly, no último domingo (29). A utilização desse tipo de armamento é um exemplo da cooperação militar entre os EUA e Israel.
O senador Mark Kelly, que é democrata e representa o estado do Arizona no Senado dos EUA, também é presidente de um subcomitê responsável pelo planejamento de operações do Exército. A cooperação entre os governos dos EUA e de Israel é um fator importante na região. O fato de a bomba ter sido fabricada nos EUA destaca a influência do país na política externa da nação israelense e no governo de Israel.
Israel e o Uso de Armas Avançadas
O secretário de Defesa dos EUA, John Kelly, revelou à NBC que Israel utilizou uma bomba da série Mark 84, de 900 kg, em um ataque recente. Essa declaração marca a primeira indicação dos EUA sobre qual arma foi usada, segundo a agência de notícias Reuters. Kelly afirmou que ‘aquela bomba […] que foi usada é uma bomba da série Mark 84, para destruir Nasrallah’. Os militares israelenses se recusaram a comentar quais armas foram usadas no ataque, enquanto o Departamento de Defesa dos Estados Unidos não estava imediatamente disponível para comentar.
A Aliança entre EUA e Israel
Os EUA são aliados de longa data de Israel e maiores fornecedores de armas. Kelly destacou que ‘vemos um maior uso de munições guiadas, JDAMs, e continuamos a fornecer essas armas’. Os JDAMs são munições de ataque direto que convertem uma bomba padrão em uma arma guiada, usando um sistema de GPS. Essa aliança é fundamental para a segurança de Israel, um país que enfrenta constantes ameaças de grupos extremistas na região.
A Figura de Hassan Nasrallah
Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah, foi uma figura proeminente no Oriente Médio. Ele comandou o grupo extremista libanês desde 1992 e foi o responsável por levar o grupo, fundado para lutar contra Israel, para a vida política do Líbano. Nasrallah foi elogiado por enfrentar Israel e desafiar os Estados Unidos, mas também foi visto como o chefe de uma organização terrorista e um representante da teocracia islâmica xiita do Irã.
O Legado de Nasrallah
Nasrallah se tornou secretário-geral do Hezbollah em 1992, aos 35 anos, tornando-se a face pública de um grupo que antes era obscuro e fundado pelas Guardas Revolucionárias do Irã em 1982 para combater as forças de ocupação israelenses. Ele comandou o Hezbollah quando seus guerrilheiros finalmente expulsaram as forças israelenses do sul do Líbano em 2000, encerrando uma ocupação de 18 anos. No entanto, ele se tornou uma figura cada vez mais divisiva no Líbano e no mundo árabe em geral, à medida que a área de operações do Hezbollah se expandia para a Síria e além.
O Conflito entre Israel e o Hezbollah
O conflito entre Israel e o Hezbollah é um dos mais antigos e complexos do Oriente Médio. A morte de Nasrallah pode ter implicações significativas para a região, especialmente considerando a aliança entre o Hezbollah e o Irã. O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, tem sido um crítico ferrenho do Hezbollah e do Irã, e é provável que a morte de Nasrallah seja vista como uma vitória para o estado de Israel. No entanto, a situação é complexa e pode levar a novos conflitos e tensões na região.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo