Operação Verão no litoral paulista registra 55 mortos após ocorrência policial na região da praça. Patrulhavam a região quando receberam ordem de parada.
Uma fatalidade marcou a noite de quarta-feira (27) em Santos, quando uma mulher acabou perdendo a vida após ser atingida por um disparo na cabeça durante uma ação policial. Edneia Fernandes, 31 anos, foi socorrida por transeuntes que estavam na praça, porém, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito após um dia de internação. Com este trágico desfecho, a intervenção policial na cidade de Santos ganha contornos de tragédia, levantando questões sobre a segurança pública no município.
A atividade policial nas cidades litorâneas do estado de São Paulo tem sido frequentemente questionada devido ao alto número de mortes em operações policiais. Com o falecimento de Edneia Fernandes, a população clama por medidas mais eficazes para garantir a segurança da comunidade, evitando que episódios como esse se repitam no futuro. A transparência e a responsabilização dos agentes envolvidos em ações que resultem em mortes são fundamentais para a reconstrução da confiança entre a população e a polícia.
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Intervenção Policial na Região da Praça José Lamacchia
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública) do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), as forças policiais patrulhavam a região da Praça José Lamacchia, em Santos, quando se depararam com dois homens em uma moto e decidiram dar ordem de parada. Os indivíduos teriam desobedecido a ordem de parada e, ainda mais grave, teriam efetuado cinco disparos contra os policiais, que reagiram prontamente à ação.
Uma mulher, de 31 anos de idade, acabou sendo atingida e foi socorrida por populares até a UPA Zona Noroeste e posteriormente transferida para a Santa Casa, porém, infelizmente não resistiu aos ferimentos. Os suspeitos conseguiram fugir, mas a motocicleta foi apreendida pelas autoridades. O caso foi oficialmente registrado na Central de Polícia Judiciária de Santos, conforme informado pela SSP.
Operação Policial na Região da Praça José Lamacchia
O 5º Distrito Policial de Santos está encarregado de investigar todos os detalhes desta ocorrência policial. Além disso, um inquérito policial militar foi aberto pela PM paulista para apurar os acontecimentos. Familiares se uniram em uma corrente de oração durante o período em que Edneia esteve internada.
Testemunhas, no entanto, contestaram a versão oficial divulgada pela secretaria, afirmando que houve apenas um disparo quando três motocicletas da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) transitavam pelo local. Com o trágico falecimento de Edneia, que deixa para trás seis filhos, a Operação Verão contabiliza 55 óbitos até o momento.
Ação Policial na Região durante a Operação Verão
No decorrer da tarde de quarta-feira (27), um indivíduo foi morto por agentes do 6º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia). Segundo a SSP, o homem foi alvejado após disparar contra os policiais militares no bairro Vila Júlia, em Guarujá, durante uma ação de combate ao tráfico de drogas. Os policiais reagiram à ameaça, resultando na morte do suspeito. Durante a operação, foi encontrada uma arma de fogo e porções de cocaína foram apreendidas no local.
O caso foi oficialmente registrado como tentativa de homicídio, tráfico de drogas e óbito decorrente de ação policial na Delegacia de Guarujá. Esta situação representa a operação mais letal desde o Carandiru, impactando diretamente a segurança da região durante o período de verão.
Repercussão da Ação Policial na Região
A primeira fase da Operação Verão teve início em 18 de dezembro, com o objetivo de reforçar a segurança das cidades litorâneas durante a alta temporada. No entanto, a operação tomou um novo rumo após o trágico falecimento do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, de 35 anos, em 2 de fevereiro, durante um patrulhamento em uma favela de palafitas na periferia de Santos.
Diante da controvérsia em torno do caso, a Ouvidoria da Polícia encaminhou ao governo do estado 27 queixas de abusos registradas durante a operação entre janeiro e fevereiro. Organizações de direitos humanos chegaram a denunciar as ações da PM no litoral à ONU, diante das violações relatadas. O governador, por sua vez, demonstrou desinteresse pelas possíveis denúncias de violações apresentadas ao órgão internacional.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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