Saldo do Dia: Após agosto, melhor mês do ano, índice brasileiro recua com incertezas sobre taxas e feriado nos EUA reduz volume na bolsa.
Somente em setembro, o Ibovespa alcançou cinco recordes de fechamento, marcando o mês como a melhor fase do ano para os ativos locais de renda variável. Depois de um volume financeiro massivo na sexta-feira (30), o primeiro pregão de outubro foi de pouca liquidez no Ibovespa, por conta do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos.
No segundo parágrafo, a movimentação na Bolsa de Valores brasileira foi marcada por uma leve queda nos principais índices, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário econômico global. Mesmo assim, o Ibovespa se manteve estável, mostrando a resiliência do mercado local em meio às incertezas internacionais.
A nova fase do Ibovespa: carteira teórica sofreu impacto negativo
A mais recente atualização da carteira do Ibovespa, que passou por rebalanceamento recentemente, teve um início turbulento, com uma queda acentuada. A dependência significativa do setor de commodities foi um dos principais fatores que contribuíram para o desempenho negativo da carteira teórica, que foi ainda mais afetada pelos dados desfavoráveis da China. A queda no preço do minério de ferro resultou em um impacto direto nas ações de empresas de mineração e siderurgia incluídas no índice.
Desempenho do Ibovespa e volume financeiro
O Ibovespa iniciou o mês com uma queda de 0,81%, atingindo a marca de 134.906 pontos. Apesar desse resultado inicial, no acumulado do ano, o índice ainda registra um avanço de 0,54%. O volume financeiro negociado foi de R$ 10,1 bilhões, um valor inferior à média diária dos últimos 12 meses, que foi de R$ 16,6 bilhões. Apesar disso, o volume foi considerado melhor do que em feriados anteriores, como o Memorial Day em março.
Investimento estrangeiro e indicadores econômicos
Com o mercado fechado para negociações em Nova York, houve uma interrupção no fluxo de investimento estrangeiro que vinha se intensificando nos meses anteriores. No entanto, houve uma entrada significativa de R$ 10 bilhões somente em agosto, o que contribuiu para reduzir o déficit desse público na bolsa para R$ 26 bilhões, após retiradas anteriores de R$ 43,3 bilhões.
Expectativas para os próximos dias e indicadores econômicos
A semana promete ser movimentada com uma série de indicadores econômicos que podem influenciar as decisões de investimento. Destacam-se o PIB do segundo trimestre, a produção industrial no Brasil, o Livro Bege nos Estados Unidos, a pesquisa ADP de emprego nos EUA e o payroll. Esses dados serão fundamentais para orientar as expectativas do mercado em relação aos juros, tanto no Brasil quanto nos EUA.
Cenário econômico e perspectivas futuras
Enquanto o debate sobre os cortes de juros nos EUA ganha destaque, no Brasil, há uma crescente expectativa de aumento da taxa básica de juros, a Selic. As declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicam a possibilidade de um novo ciclo de aperto gradual. O dólar continuou em alta, encerrando o dia a R$ 5,61, refletindo a escassez da moeda e sua valorização em relação ao real.
Impacto do rebalanceamento do MSCI e projeções econômicas
O leilão do Banco Central, motivado pelo rebalanceamento do MSCI, que passou a incluir empresas brasileiras listadas no exterior, teve repercussões no mercado cambial. A mudança resultou na saída de dólares do Brasil, aumentando a escassez da moeda e elevando seu valor em relação ao real. Apesar das projeções ligeiramente menores para a inflação de 2025 no Boletim Focus, os desafios para manter o índice sob controle persistem.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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