Em novo recorde, Ibovespa fecha pregão com ganhos. História gravada anos atrás, mas volatilidade persiste no mercado.
O avanço recente do mercado financeiro brasileiro foi impulsionado pelo forte desempenho do Ibovespa, que atingiu uma nova marca histórica durante as negociações. O índice chegou a atingir os 135.000 pontos, refletindo a confiança dos investidores no cenário econômico do país. No entanto, ao final do dia, o Ibovespa encerrou em 134.800 pontos, ainda mantendo um patamar elevado.
A bolsa de valores brasileira tem sido impactada por diversos fatores, incluindo a recuperação da economia e a entrada de capital estrangeiro. O mercado financeiro está otimista em relação ao futuro do Ibovespa, que continua atraindo investidores em busca de oportunidades de crescimento e rentabilidade.
Novo recorde do Ibovespa no pregão de hoje
E todo esse movimento já pode ser uma sinalização de que o Ibovespa caminha para renovar o recorde de fechamento ainda este ano. Ou, pelo menos, de que o mercado já pode apostar nele. Mas será mesmo? Pelo patamar de pontuação nominal, quer dizer, considerado apenas nível numérico, o índice alcançou mesmo seu pico durante as negociações nesta quinta (15). Mas o recorde em pontos não significa que o Ibovespa está no melhor momento de toda a sua história. Se fosse corrigido pela inflação medida pelo indicador oficial no Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), esse recorde do índice teria ficado em 20 de maio de 2008. Embora nominalmente o patamar de fechamento daquele dia seja os 73.517 pontos, no reajuste, esse nível equivaleria a 182.275 pontos nos dias de hoje. Ou seja, no patamar real ajustado pelo IPCA, o Ibovespa ainda está 26,4% abaixo do seu recorde gravado mais de 16 anos atrás. Pode parecer confuso, mas tem a ver com algo bastante simples: o poder de compra. Na prática, nós sentimos isso no bolso, porque R$ 100 hoje não compram o mesmo que R$ 100 compravam no passado. Isto é a inflação, uma regra que se aplica tanto para as contas, compras em lojas e supermercados assim como também para a compra de ativos na bolsa de valores. Já o índice dolarizado, que elimina as flutuações do real e o quanto nossa moeda se desvaloriza contra o dólar, a principal divisa de negociação globalmente, estaria em 12.786 pontos hoje, 72% abaixo dos 44.367 pontos que alcançou no seu pico (também em 20 de maio de 2008). Essa correção pelo dólar ajuda a medir o preço do Ibovespa para o investidor estrangeiro, que costuma negociar pela moeda dos Estados Unidos. Esse grupo representa 55% do volume financeiro movimentado na B3 e é, portanto, o principal condutor do rumo da bolsa brasileira. Por que isso é uma boa notícia para a bolsa? ‘Um recorde nominal não quer sempre dizer que estamos chegando no momento mais propício para a realização de lucros em bolsa’, disse Lucca Ramos, sócio da One Investimentos. Ele se refere ao momento em que os ativos estariam inflacionados – tamanha a força compradora – e se aproximariam do ponto ideal para venda. Essa ‘faixa de venda’ poderia ter sido atingida se o Ibovespa estivesse em seu recorde real. Na máxima, a tendência de curto e médio prazo é de queda nos preços das ações. Mas o que acontece na bolsa brasileira hoje é justamente o contrário. Na bolsa, ganhos com as negociações de ações se baseiam na lógica de comprar a ação a um preço mais baixo e vender a um valor mais alto. Um cenário ideal, portanto, é o de comprar um ativo na mínima e vender na máxima – ou ao menos entrar nos vales e sair nos picos dos preços. Então por que ainda vale a pena entrar no Ibovespa no curto prazo? Atualmente, os ativos da bolsa brasileira estão com os preços ‘comprimidos’, quer dizer, estão desvalorizados considerado o valor que o mercado julga ser justo para as ações de boa parte das empresas listadas. Ou seja, o momento
Fonte: @ Valor Invest Globo
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