Apple e Samsung se unem a grandes empresas para incluir funcionalidades em smartphones, seguindo o movimento da indústria de tecnologia.
Em meio a uma ressaca causada pela pandemia no mercado de celulares, grandes fabricantes desses dispositivos se aproximam das gigantes da tecnologia para entrar na onda da inteligência-artificial-generativa.
Enquanto a indústria se adapta às mudanças, a integração da IA e da inteligência-generativa promete revolucionar a forma como interagimos com a tecnologia no dia a dia.
Inteligência Artificial Generativa na Indústria de Tecnologia
Com receio de ficar para trás no principal movimento da indústria de tecnologia hoje, e pressionadas pelo mercado, Apple (AAPL34) e Samsung estão se associando a Google (GOOGL) e OpenAI pelas suas aplicações de IA. No início do mês, a ‘Bloomberg’ noticiou que a Apple estaria próxima de um acordo com a OpenAI pelo uso dos recursos do ChatGPT no iOS 18 – atualização do modelo operacional do iPhone. O movimento teria acontecido, segundo o veículo, para fomentar mais recursos de inteligência artificial generativa em seus aparelhos.
Mais cedo, em janeiro, a Samsung já havia anunciado uma parceria junto ao Google para utilizar seu modelo de linguagem, o Gemini, na série Samsung Galaxy S24, ‘o primeiro parceiro do Google Cloud a implementar o Gemini Pro e o Imagen 2 via nuvem em seus smartphones’. Notícias também deram conta de que a própria Apple havia conversado com a gigante das buscas.
Tudo isso ocorre após uma baixa geral nas vendas de smartphones pelo mundo. De 2019 para 2020, segundo dados do Statista, houve uma queda de 1,54 bilhão para 1,35 bilhão no número de unidades vendidas de smartphones. Até hoje, a indústria não voltou ao pico da série histórica, registrado em 2018, quando foram vendidas 1,55 bilhão de unidades.
Desde a pandemia, o mercado de smartphones tem sido afetado. Muita gente renovou o seu aparelho e isso se juntou ao ciclo do 5G, explicou Matheus Propst, sócio da Arbor Capital. Além do mais, entusiastas de marcas como Apple avaliam que os novos modelos desde o iPhone 11 não trazem tantas novidades frente ao antecessor.
Por um lado, adicionar funções relacionadas a IA generativa, como chats, identificação de imagem e edição de fotos, pode passar a ser uma demanda dos consumidores e nenhuma das marcas quer ver seus concorrentes se sobressair nesse aspecto. Por outro, o próprio mercado tem pressionado as grandes empresas do ramo de tecnologia a estar alinhadas à novidade.
Até abril deste ano, as ações da Apple vinham sendo punidas pela falta de uma visão clara sobre a perspectiva de futuro da empresa. O cenário mudou a partir de abril, quando anúncios relacionados a IA na linha de Mac surgiram. Atualizações para a nova série de iPads, que também incluem inteligência artificial, vieram logo na sequência.
Embora o novo iOS ainda não tenha sido lançado ou um acordo com a OpenAI formalizado, a sinalização de uma parceria já é algo diferente para a história da Apple, sempre muito restritiva quanto ao uso de tecnologia de terceiros em seu software. ‘Acho que eles estão se propondo a fazer coisas que realmente não faziam antes. Anunciaram para o iOS agora que vão ter aplicativos que não são apenas deles na Apple Store, são movimentos que não faziam antes’, diz Daniel Lázaro, líder de dados e IA da Accenture América.
Fonte: @ Info Money
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