Curso de formação em atendimento às mulheres vítimas de violência, com foco na rede de enfrentamento. Patrulha Maria da Penha e coletivos feministas presentes.
O Curso de Formação em Atendimento Humanizado às Mulheres Negras e LGBTQIAPN+ foi desenvolvido pela Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) como uma iniciativa de promover um acolhimento mais sensível e inclusivo para esses grupos. Realizado na última segunda-feira (25), o curso teve como objetivo capacitar profissionais da rede de enfrentamento à violência do Estado, visando uma abordagem mais empática e respeitosa.
A capacitação, que faz parte da trilha formativa de cinco cursos, busca fornecer ferramentas para um Atendimento Humanizado para Mulheres Negras e LGBTQIAPN+ mais eficaz e comprometido com os direitos humanos. Com foco na sensibilização e na quebra de estigmas, o curso tem como intuito garantir que todos os indivíduos tenham acesso a um atendimento digno e livre de preconceitos.
Curso de Formação em Atendimento Humanizado à Mulheres Negras e LGBTQIAPN+
No curso, foi abordada a importância e realização correta do acolhimento humanizado e adequado de mulheres vítimas de violência, sobretudo negras, trans, lésbicas e bissexuais. ‘Este momento foi de extrema importância, onde reunimos servidoras e servidores de diversos municípios, órgãos estaduais e coletivos feministas da sociedade civil.
Foi um espaço rico e aprofundado de troca de conhecimentos, onde abordamos não só o enfrentamento à violência sofrida pelas mulheres, mas aprofundamos questões sociais’, disse a superintendente de Políticas para as Mulheres da Semudh, Elida Miranda.
O início foi marcado com a palestra da tenente-coronel Márcia Danielli, coordenadora da Patrulha Maria da Penha (PMP), que explicou como se dá a atuação do programa no Estado. Vale ressaltar que, desde a sua implementação, nenhuma das mulheres atendidas pela PMP foi vítima de feminicídio.
Posteriormente, a superintendente de Políticas para a Igualdade Racial da Semudh, Manuela Lourenço, abordou sobre as necessidades das mulheres negras, que é o recorte mais assolado pela violência de gênero. Para se ter uma dimensão, 79,5% das atendidas pelo Centro Especializado de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (Ceam) se autodeclararam pretas e pardas.
O momento ainda abordou a temática ‘Atuação profissional adequada no atendimento LBT’. Nela, a assessora técnica da Gerência de Articulação, Execução e Monitoramento de Políticas LGBT da Semudh, Maria Alcina Freitas, explicou os cuidados necessários ao atender mulheres lésbicas, bissexuais, transsexuais e travestis.
Finalizando o encontro, a assistente social do Ceam, Fernanda Marinho, esclareceu os pilares para a realização do acolhimento humanizado. A profissional também falou um pouco sobre os protocolos utilizados no equipamento de atendimento à mulher vítima de violência, que é vinculado à Semudh. A trilha formativa seguirá com mais outros quatro momentos a serem divulgados em breve.
Os próximos cursos trarão as atribuições da Lei Maria da Penha e as práticas inovadoras dos centros de referência no acolhimento da mulher em situação de violência. Além disso, a trilha dará profundidade ao tema sobre o atendimento humanizado, abordando os recortes de mulheres idosas, deficientes e indígenas.
Participaram do momento integrantes de órgãos municipais e entidades da sociedade civil que atuam na proteção e defesa dos direitos da mulher.
Fonte: © TNH1
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