Estudos da Unicamp mostram que atividade aeróbica e musculação melhoram o metabolismo e a imunidade em pessoas com obesidade e diabetes, reduzindo a inflamação crônica e alterações metabólicas.
A obesidade é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Ela não é apenas um problema estético, mas sim uma condição que pode levar a uma série de complicações graves, incluindo doenças cardíacas, diabetes e problemas respiratórios. A obesidade é um fator de risco importante para o desenvolvimento de doenças crônicas.
Além disso, a obesidade também pode levar a um excesso de gordura corporal, que pode causar inflamação crônica e de baixo grau no organismo. Isso pode gerar uma sucessão de falsos alarmes para o sistema de defesa do organismo, levando ao envelhecimento prematuro das células imunes. O sobrepeso e a obesidade são problemas que precisam ser tratados com seriedade, pois podem ter consequências graves para a saúde a longo prazo. A inflamação crônica causada pela obesidade pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, diabetes e problemas respiratórios.
Obesidade: Um Problema de Saúde Pública
A obesidade é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Além de ser um fator de risco para doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, a obesidade também pode levar a alterações metabólicas e inflamação crônica. A inflamação crônica é um processo que ocorre quando o sistema imune não consegue controlar a inflamação, levando a danos nos tecidos e órgãos.
A obesidade também pode desencadear alterações metabólicas, sobretudo associadas a moléculas de gordura (lipídios). Isso pode levar a problemas de saúde, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Além disso, a obesidade pode afetar a função do sistema imune, levando a uma maior incidência de doenças infecciosas e crônicas.
Excesso de Peso e Sobrepeso: Consequências para a Saúde
O excesso de peso e o sobrepeso são problemas de saúde que afetam muitas pessoas. Além de aumentar o risco de doenças crônicas, o excesso de peso e o sobrepeso também podem levar a problemas de saúde, como a inflamação crônica e as alterações metabólicas. A gordura corporal é um fator importante na saúde, pois pode afetar a função do sistema imune e levar a problemas de saúde.
Estudos realizados por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio da FAPESP, mostraram que um protocolo de treinamento físico de 16 semanas – combinando musculação e exercício aeróbico – foi capaz de reverter os problemas associados à obesidade. Além de reduzir a circunferência abdominal, aumentar a força e a massa magra, o protocolo de treinamento sozinho, ou seja, sem o controle da alimentação ou de dietas, atuou na reversão do processo de envelhecimento precoce das células imunes e das alterações no metabolismo lipídico.
Reversão do Processo de Envelhecimento Precoce
A reversão do processo de envelhecimento precoce é um resultado importante que mostra o papel-chave do músculo como órgão endócrino. O tecido muscular em atividade libera substâncias, conhecidas como miocinas ou exerquinas, que atuam em diferentes mecanismos por todo o organismo. O músculo tem um papel endócrino importante, pois pode afetar a função do sistema imune e levar a problemas de saúde.
O treinamento combinado muda a composição corporal, gera perda de gordura visceral e ganho de massa magra, melhorando o metabolismo lipídico e a função mitocondrial. Além disso, o treinamento reduz a inflamação e promove melhora nos marcadores de saúde. Nos casos de obesidade, a mitocôndria não consegue transformar gordura em moléculas de energia. Com o treinamento, a mitocôndria passa a fosforilar gordura, o que melhora a condição metabólica lipídica do organismo como um todo e contribui para a perda de peso.
Estudos e Resultados
Os estudos do grupo avaliaram também marcadores associados à imunossenescência e ao metabolismo lipídico em uma mesma coorte, formada por 167 indivíduos divididos em três grupos: obesos, obesos com diabetes tipo 2 e indivíduos saudáveis, sem comorbidades. Os participantes dos estudos tinham entre 40 e 60 anos. Em um trabalho conduzido durante o pós-doutorado de Diego Trevisan Brunelli, os pesquisadores verificaram, nas células do sistema imunológico (linfócitos T), a expressão de marcadores de expressão gênica de inflamação que estão associados à imunossenescência.
Fonte: @ Veja Abril
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