Célia Xakriabá se une a 16 parlamentares em nota de repúdio a entidades que atacam direitos e terras indígenas, denunciando a crise do garimpo ilegal incentivado.
Arthur Lira (PP), decidiu, nesta quarta-feira (22), incluir Célia Xakriabá (PSOL) como membro da comissão Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil A formação de uma comissão externa da Câmara dos Deputados para investigar a crise humanitária na Terra Yanomami provocou indignação entre os indígenas.
A situação dos Yanomami na região tem sido cada vez mais preocupante, com relatos de conflitos e violações de direitos. A presença da comissão é um passo importante para trazer visibilidade e buscar soluções para a crise enfrentada pelos Yanomami. É fundamental que a sociedade se una em apoio aos Yanomami e pressione por ações concretas para garantir seu bem-estar e proteção. A voz dos Yanomami precisa ser ouvida e suas demandas atendidas com urgência.
Crise Yanomami: Nota de Repúdio e Repúdio das Entidades
Segundo a nota de repúdio divulgada recentemente, a crise Yanomami continua a preocupar diversas entidades que defendem os direitos das populações indígenas. Os deputados envolvidos inicialmente demonstraram posicionamentos contrários à demarcação de terras, o que gerou uma onda de críticas e mobilizações.
Diante da pressão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), decidiu incluir Célia Xakriabá (PSOL) como membro da comissão responsável por lidar com a crise Yanomami. Essa ação visa combater pautas que atacam os direitos indígenas e reforçar a importância da demarcação de terras.
A parlamentar Célia Xacriabá, que visitou o território em 2023, destacou a gravidade da situação, causada pelo aumento do garimpo ilegal e do genocídio incentivado. Sua nomeação para a comissão é vista como um passo crucial para enfrentar os desafios enfrentados pelos Yanomami.
Enquanto isso, notícias alarmantes continuam a surgir, apontando para a persistência do garimpo e da malária entre os Yanomami. Estudos recentes revelam altos níveis de contaminação por mercúrio em diversas comunidades indígenas, evidenciando os riscos enfrentados por essas populações.
A comissão externa, criada por ato da presidência da Câmara dos Deputados, tem como objetivo investigar a crise humanitária dos Yanomami. Sob a liderança da deputada Coronel Fernanda (PL), a comissão se prepara para sua primeira reunião em julho, onde será discutido o plano de trabalho.
Além de Célia Xacriabá, outra indígena, Silvia Waiapi (PL), se juntará aos esforços para enfrentar a crise Yanomami. Ambas as representantes têm experiência e conhecimento para contribuir significativamente com os trabalhos da comissão.
A nota de repúdio divulgada por diversas entidades, incluindo a Hutukara Associação Yanomami (HAY) e a Associação Wanasseduume Ye’kwana (Seduume), expressa indignação diante das ações da Câmara dos Deputados. O texto destaca a utilização da dor e da morte dos Yanomami para fins políticos e econômicos, reforçando a importância de proteger essas comunidades vulneráveis.
A votação dos parlamentares a favor da tese do Marco Temporal levantou questionamentos sobre os direitos indígenas. Mesmo considerada inconstitucional pelo STF, a tese foi aprovada no Congresso, gerando preocupações sobre o futuro das demarcações de terras indígenas. É fundamental que a sociedade e as autoridades estejam atentas e engajadas na defesa dos direitos dos Yanomami e de todas as populações indígenas do Brasil.
Fonte: @ Nos
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