Ministro separou investigação sobre tentativa de abolir Estado de direito, seguirá relator da parte, STF.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão importante em relação a uma investigação envolvendo sua família. Em uma publicação recente, Moraes indicou que não poderá mais atuar como relator do caso referente às ameaças e perseguições sofridas. No entanto, no que diz respeito à tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, a responsabilidade continua com Moraes.
O fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Junior foram detidos pela Polícia Federal sob ordem do ministro Moraes, após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A atuação firme do magistrado demonstra seu comprometimento com a justiça e a segurança do país. A decisão de Moraes reflete sua determinação em garantir a ordem e a integridade do sistema jurídico brasileiro.
Moraes mantém prisão preventiva após audiência de custódia
Depois da realização da audiência de custódia, o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão preventiva da dupla de suspeitos. Esta decisão foi tomada levando em consideração a gravidade das ameaças feitas aos familiares do magistrado. Moraes, mesmo se declarando impedido em parte do caso, ressaltou a importância de garantir a segurança e a integridade de sua família diante das tentativas de coação.
Defesa de Moraes por ministros do STF em caso de prisões
Sob reserva, outros ministros do Supremo Tribunal Federal saíram em defesa de Alexandre de Moraes em relação às prisões realizadas. A atitude de Moraes em se declarar impedido em parte do processo foi elogiada, embora algumas fragilidades tenham sido apontadas por juristas. A atuação do magistrado em manter a prisão dos suspeitos foi considerada acertada diante do contexto das ameaças recebidas.
Moraes e a justificativa para seu impedimento
A decisão de Moraes em se declarar impedido em parte do caso foi embasada em um artigo do Código de Processo Penal que impede o juiz de atuar em processos em que ele próprio ou seus familiares estejam diretamente envolvidos. Seguindo o regimento interno do STF, a Secretaria Judiciária realizará um novo sorteio para designar o ministro relator responsável pelo caso.
Ameaças e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito
A Procuradoria-Geral da República destacou em sua manifestação as graves ameaças feitas aos familiares do Ministro Alexandre de Moraes, com referências a termos como ‘comunismo’ e ‘antipatriotismo’. Essas ameaças tinham o objetivo de coagir o livre exercício da função judiciária por parte de Moraes, que está à frente das investigações relacionadas à tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8.1.2023.
Conexão probatória e investigações relacionadas
Moraes ressaltou a existência de uma conexão probatória entre as investigações em andamento no STF, como o inquérito das fake news e os atos de 8 de janeiro. O ministro destacou a semelhança de atuação entre os suspeitos do caso atual e as milícias digitais, que buscam coagir as autoridades. Ele determinou que a Polícia Federal apresente um relatório detalhado do conteúdo dos aparelhos apreendidos com os suspeitos em até 15 dias, após a operação realizada em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Fonte: @ CNN Brasil
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