Os réus estão ligados às empresas de transporte público Transwolff e UPBus, envolvidos com crime organizado, com permissões para integrar no sistema.
A decisão judicial em São Paulo foi de acolher a acusação do Ministério Público, tornando 19 indivíduos réus em um caso envolvendo lavagem de dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital). O esquema foi operado através de empresas de ônibus associadas a contratos com a prefeitura da capital paulista.
O envolvimento com organizações criminosas como o PCC é um grave problema que precisa ser combatido de forma eficaz. A atuação do Primeiro Comando da Capital impacta diretamente na segurança pública e no funcionamento da sociedade como um todo.
O PCC e sua influência no sistema de transporte público de São Paulo
Recentemente, a Promotoria revelou que os réus possuem conexões com as empresas Transwolff e UPBus, ambas envolvidas com o sistema de transporte público na zona sul de São Paulo e associadas ao crime organizado, em especial ao Primeiro Comando da Capital. Dentre os envolvidos, destaca-se Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, figura central na Transwolff, e outros três indivíduos ligados à companhia. Não foi possível contatar a defesa de Pacheco.
Além disso, foi requerida a prisão de Silvio Luiz Ferreira, também conhecido como Cebola, um dos dirigentes da UPBus, porém ele encontra-se foragido. Recentemente, Alexandre Salles Brito, conhecido como Buiu e sócio da UPBus, foi detido pela Rota. A defesa do suspeito não foi encontrada.
A decisão judicial resultou no bloqueio de mais de R$ 600 milhões da Transwolff para assegurar a compensação por dano moral coletivo, conforme solicitado pela Promotoria. Esse montante corresponde à renda bruta declarada pela empresa à Junta Comercial em 2021.
A ação de indenização baseia-se nos relatos de ex-perueiros que integravam a extinta Cooperpam, predecessora da Transwolff. Segundo a Promotoria, os gestores da empresa teriam pressionado os cooperados a abdicarem de suas permissões para atuar no sistema de transporte público, sem oferecer qualquer forma de compensação.
Os ex-cooperados alegaram, em processos judiciais, terem sido coagidos a assinar solicitações de demissão nas quais renunciavam a seus direitos patrimoniais e financeiros. Pelo menos 26 ações foram movidas por ex-integrantes da Cooperpam para reivindicar os pagamentos previstos no estatuto social que teriam sido retidos após suas saídas.
A reportagem buscou contato com as empresas implicadas, porém não obteve retorno. A complexa teia que envolve o PCC, o crime organizado, o sistema de transporte público e a alegada violação dos direitos dos trabalhadores revela um cenário de intrincados interesses e disputas nos bastidores do setor.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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