Forças opostas: inflação americana e estímulos chineses imobiliários. Vale cresce: perdas pequenas, concorrentes, excesso de oferta, preços sobem. Inflação, desvalorização, tombo, medidas governmentais, unidades empacadas, dimensão, termos de troca, devalorização, de perdas. Anúncio de estímulos inflacionário e imobiliário eleva ações Vale.
Considere investir R$ 1.000 reais na segunda-feira e ao final da semana ter somente R$ 880 na conta. Em termos de desempenho da Petrobras (PETR3, PETR4), essa foi a realidade enfrentada pelos acionistas em um curto período de tempo.
O desempenho da Petrobras nos últimos dias reflete diretamente nos resultados dos investidores, com perdas significativas em um curto intervalo de tempo. A performance da empresa impactou diretamente os acionistas, evidenciando a volatilidade do mercado financeiro.
Desempenho da Petrobras: Desvalorização e Troca de Comando Afetam Resultados
Quando se trata do valor de mercado da empresa, a desvalorização se multiplicou ‘um pouco’, atingindo R$ 68,8 bilhões na semana, sendo R$ 55,9 bilhões apenas após o tombo causado pela demissão de Jean Paul Prates da presidência. Mesmo assim, o Ibovespa conseguiu encerrar a semana em nota positiva, com ganhos de 0,43% aos 128.151 pontos. No dia, a queda foi de 0,10%. No mês, manteve-se em alta de 1,77% e no ano acumula uma queda de 4,50%. Os preciosos dividendos extraordinários, que retornaram à cena, não foram capazes de anular a desaprovação do mercado com a troca de comando da estatal, que representa 13% da composição do Ibovespa. Desta vez, Jean Paul Prates sai e Magda Chambriard assume. Culpar o investidor não é uma opção viável. É realmente complicado confiar em um trabalho com resultados contínuos quando o líder da operação está em constante mudança. O que realmente incomoda é a sensação de estar à mercê de desmandos políticos.
A gigante Petrobras se encolhe em meio a uma semana de ganhos de 2% no preço do barril de petróleo que exporta. Enquanto isso, as pequenas concorrentes do setor estão em ascensão como uma alternativa para aqueles que estão cansados de se expor ao risco de ingerência política que tanto prejudicou a Petrobras há uma década. Mesmo assim, os ativos de risco do Brasil receberam um impulso externo. Na sexta-feira, especificamente, o bom humor vindo do outro lado do mundo sustentou a bolsa brasileira na estabilidade.
A interferência estatal na economia que o mercado não está questionando é a da China em seu setor imobiliário. Investidores em commodities, sobretudo, estão satisfeitos com o governo chinês. Com medidas implementadas para manter o crescimento da indústria, como a redução do percentual mínimo de entrada para financiamento imobiliário e a absorção de unidades empacadas pelas incorporadoras, a demanda por commodities aumenta. E como diz a regra: cresce a demanda, sobe o preço.
Enquanto a Petrobras enfrenta desafios, a Vale teve um dia e uma semana com alta de 3%. Ambas têm quase o mesmo peso na carteira teórica. Dos Estados Unidos, vieram notícias que ajudaram a reduzir o valor do dólar ante o real. Com dados de inflação indicando desaceleração do índice de preços, o mercado volta a sonhar com cortes de juros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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