Pesquisa revela que diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade, alto colesterol, sedentário lifestyle, mala alimentação, tabagismo e distúrbios do sono são fatores de risco para eventos cardiovasculares. Médicos alertam: lembre-se.
Os riscos relacionados às enfermidades cardiovasculares são uma preocupação constante no Brasil, sendo a principal razão de óbitos no país. A prevenção e o controle desses riscos são fundamentais para a promoção da saúde da população.
É essencial conscientizar a população sobre a importância de adotar hábitos saudáveis para reduzir nenhum dos riscos associados às doenças cardíacas. A educação e a promoção de um estilo de vida saudável são medidas essenciais para garantir que nenhum indivíduo esteja exposto a riscos desnecessários.
Riscos para a saúde cardiovascular: conhecimento insuficiente da população
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), aproximadamente 1,2 mil indivíduos perdem a vida diariamente devido a uma série de problemas de saúde – o que equivale a uma morte a cada 90 segundos. Apesar disso, uma pesquisa recente, realizada com 3.317 pessoas na região metropolitana de São Paulo e em municípios do interior do Estado, revelou que a maioria dos participantes não está ciente dos principais fatores de risco associados a infarto e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Os dados foram coletados pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).
A pesquisa destaca um cenário preocupante em relação ao conhecimento das pessoas sobre os fatores que contribuem para problemas cardíacos. Entre os oito principais fatores de risco para doenças cardíacas estão: diabetes, mellitus, alto colesterol, obesidade, hipertensão arterial, sedentarismo, lifestyle, má alimentação, tabagismo e distúrbios do sono.
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Os pesquisadores da Socesp decidiram investigar o nível de compreensão da população em relação a esses fatores e seus hábitos. O que se observou foi uma lacuna significativa entre a percepção dos voluntários e a real gravidade desses hábitos e condições.
Riscos para a saúde cardiovascular:
Diabetes: um fator de risco frequentemente subestimado
Apenas 10% dos entrevistados mencionaram a diabetes como um fator de risco significativo. No entanto, de acordo com informações do Ministério da Saúde, indivíduos com diabetes têm de três a cinco vezes mais probabilidade de sofrer um infarto.
Tabagismo: um perigo subestimado para o coração
Enquanto apenas 12% apontaram o tabagismo como uma possível causa de problemas cardiovasculares, estudos do Hospital do Coração (HCor) indicam que o tabaco está associado a 30% dos casos de infarto agudo do miocárdio e a mais da metade dos casos de AVC.
Colesterol alto: um risco silencioso para o coração
Apenas 13% reconheceram o colesterol elevado como um fator de risco. No entanto, altos níveis de colesterol ‘ruim’ podem levar à obstrução das artérias, aumentando assim o risco de infarto e AVC.
Obesidade: um fator de risco frequentemente ignorado
Também 13% dos participantes identificaram a obesidade como um risco para a saúde cardiovascular. No entanto, a obesidade pode causar alterações estruturais no coração e comprometer sua função, como alerta o HCor.
Hipertensão arterial: um inimigo silencioso do coração
Apenas 13% dos entrevistados lembraram da hipertensão como um fator de risco. No Brasil, mais de 400 pessoas perdem a vida diariamente devido a complicações relacionadas à pressão alta, que é uma das principais causas de AVC, infarto e outras condições cardíacas graves.
Sedentarismo: um hábito prejudicial para o coração
Apenas 14% associaram a falta de atividade física às doenças cardíacas. No entanto, a inatividade física contribui para o ganho de peso e o aumento da pressão arterial, glicose e lipídeos no sangue, aumentando assim o risco de eventos cardiovasculares.
Alimentação desequilibrada: um fator de risco muitas vezes negligenciado
Apenas 15% reconheceram a má alimentação como um risco para a saúde do coração. Assim como o sedentarismo, uma dieta inadequada pode desempenhar um papel crucial no desenvolvimento de condições como obesidade, diabetes, colesterol elevado e hipertensão arterial.
Distúrbios do sono: um fator de risco subestimado
Somente 0,8% dos participantes mencionaram os distúrbios do sono como um aspecto relevante para a saúde cardiovascular. No entanto, problemas de sono podem contribuir para o aumento do risco de doenças cardíacas, sendo essencial considerar sua influência na saúde do coração.
Fonte: @ Estadão
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