Aumento de casos no Brasil e em 17 países europeus preocupa Centro de Prevenção de surto epidêmico.
Em pelo menos 17 países da União Europeia, houve um aumento nos casos de coqueluche – entre janeiro e dezembro do ano passado, foram reportadas 25.130 ocorrências no continente. Já entre janeiro e março deste ano, a região registrou 32.037 casos da coqueluche em diferentes faixas etárias, com maior incidência entre menores de 1 ano, seguidos pelos grupos de 5 a 9 anos e de 1 a 4 anos.
A tosse convulsa, também conhecida como coqueluche ou pertussis, é uma doença altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. A vacinação é fundamental para prevenir a propagação da coqueluche e proteger os grupos mais vulneráveis, como crianças pequenas e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos. A conscientização sobre os sintomas e a importância da imunização são essenciais para combater a disseminação da coqueluche.
Coqueluche: Aumento de Casos e Surto Epidêmico
O Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China divulgou que, até fevereiro de 2024, foram reportados no país 32.380 casos e 13 mortes por coqueluche. A Bolívia também enfrenta um surto da doença, com 693 casos confirmados entre janeiro e agosto de 2023, sendo a maioria (62,8%) em crianças menores de 5 anos, além de oito óbitos registrados.
No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche foi em 2014, com 8.614 casos confirmados. De 2015 a 2019, o número de casos variou entre 3.110 e 1.562. A partir de 2020, houve uma redução significativa de casos da doença, associada à pandemia de covid-19 e ao distanciamento social. Entre 2019 e 2023, todos os estados brasileiros notificaram casos de coqueluche.
Pernambuco teve o maior número de casos confirmados (776), seguido por São Paulo (300), Minas Gerais (253), Paraná (158), Rio Grande do Sul (148) e Bahia (122). No mesmo período, ocorreram 12 mortes pela doença, sendo 11 em 2019 e uma em 2020. Em 2024, os números continuam elevados.
A Secretaria de Saúde de São Paulo registrou 139 casos de coqueluche de janeiro até o início de junho – um aumento de 768,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram notificados 16 casos no estado.
Vacinação e Prevenção da Coqueluche
O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção da coqueluche, especialmente em crianças menores de 1 ano, com doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos, além da imunização de gestantes, puérperas e profissionais de saúde.
O esquema vacinal primário consiste em três doses da vacina penta, aos 2, 4 e 6 meses, seguidas de doses de reforço com a vacina DTP. Para gestantes, recomenda-se uma dose da vacina dTpa por gestação a partir da vigésima semana. Profissionais de saúde e outros grupos específicos também devem receber a vacina para prevenir a propagação da doença.
Diante dos recentes surtos de coqueluche, o ministério emitiu uma nota técnica recomendando a ampliação e intensificação da vacinação no Brasil, bem como o fortalecimento da vigilância epidemiológica. É fundamental seguir as orientações de imunização para controlar a disseminação da coqueluche e proteger a população vulnerável.
Fonte: @ Agencia Brasil
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