Uri Levine enfrentou problemas no modelo de negócio do FreeMap, mas após três anos fez o Waze se tornar um negócio bilionário com investimentos de fundos de investimento.
Para ter sucesso com uma startup, é essencial estar preparado para os desafios e obstáculos que aparecerão no caminho. Segundo Uri Levine, cofundador do Waze, a capacidade de superar as dificuldades é fundamental para o crescimento de uma empresa inovadora. Para ele, é preciso também estar aberto a aprender com os erros e seguir em frente, mesmo quando as coisas parecem difíceis.
Além disso, é importante manter o foco no objetivo final do empreendimento. Uri Levine acredita que ter uma visão clara do que se deseja alcançar é crucial para manter a motivação e a determinação necessárias para construir uma companhia de sucesso. Por isso, é fundamental ter uma estratégia bem definida e não desviar do rumo estabelecido, mesmo diante das adversidades que podem surgir ao longo do caminho.
Os desafios de empreender
Antes de se tornar o fundador de uma startup bilionária, porém, ele enfrentou alguns problemas – e isso teria sido fundamental para que ele conseguisse criar um unicórnio que revolucionou a indústria de mobilidade e que atualmente tem mais de 150 milhões de usuários ao redor do mundo.
Se você tem medo de falhar, você já falhou’, disse Levine, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, 21 de março, durante o South Summit Brazil, evento que o NeoFeed é parceiro de mídia. ‘Falhar é parte do processo. Há um ditado japonês que diz: caia sete vezes e levante-se oito.’ A primeira falha veio com o FreeMap, a empresa que antecedeu o Waze e que tinha o mesmo propósito: criar uma forma de navegação inteligente pelas cidades.
O problema enfrentado por Levine e por Ehud Shabtai em 2006 era a falta de investidores no negócio. Naquela época, o FreeMap não funcionava como o Waze. O iPhone ainda não havia sido lançado, assim como a App Store – que criou um mercado bilionário de aplicativos para celular. O processo de captação de investimentos tornou-se um obstáculo para os empreendedores.
A importância do feedback dos usuários
A história, que é retratada no livro ‘Apaixone-se pelo problema, não pela solução’, lançado no ano passado, mostra como a plataforma mudou ao longo dos anos até ser lançada, oficialmente, em 2009 já sob o nome Waze. Após o lançamento do aplicativo, a missão era convencer as pessoas a adotarem um serviço colaborativo que elas mesmas teriam que desenvolver. Os feedbacks dos usuários foram essenciais para o aprimoramento do negócio.
Os mapas eram traçados pelos próprios usuários conforme eles trafegavam com a aplicação aberta por diferentes ruas e avenidas. A coleta de informações é feita até hoje, uma vez que é por meio da localização dos usuários que o aplicativo indica quais ruas estão mais congestionadas e os melhores caminhos para seguir uma viagem. Durante sua palestra na quarta-feira, 20 de março, Levine afirmou que o Waze passou mais de um ano implementando mudanças em sua plataforma a partir do feedback dos usuários.
Desafios na expansão internacional
Enquanto fazia isso, adiou a expansão internacional da operação. ‘Tudo não passa de tentativa e erro’, disse. Presente em mais de 185 países, o Waze captou cerca de US$ 67 milhões em investimentos antes de ter sua operação adquirida pelo Google. O processo de captação de investimentos foi essencial para viabilizar a expansão internacional do negócio. Entre os investidores do negócio estavam gestoras como Horizon Ventures, BlueRun Ventures e Kleiner Perkins.
Ao comparar as negociações daquela época com o movimento atual de captação feito pelos empreendedores junto aos fundos de investimento, ele disse que este é ‘sempre um momento difícil’. ‘Criar valor para seu negócio leva tempo e não há atalhos’, observou. Para Levine, nem todas as empresas que estão no auge atualmente conseguirão manter a relevância ao longo da próxima década.
O futuro das startups
‘Alguns nomes que vão substituir essas companhias nós nunca nem mesmo ouvimos’, afirmou. O mercado de startups é dinâmico e está sempre em transformação. A perspectiva de crescimento de um negócio bilionário é desafiadora e requer constante adaptação às demandas do mercado e dos investidores. A jornada empreendedora é repleta de obstáculos, mas também de oportunidades únicas de inovação e desenvolvimento.
Fonte: @ NEO FEED
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