Investigadores identificaram uma vasta região espacial, rica em material suficiente para criar muitos planetas e estrelas, com formação de discos planetários enormes e semelhantes a IRAS 23077. Chamada de “borboleta cósmica”, ela oferece insights sobre a formação de planetas centrais.
Astrônomos podem ter descoberto um dos maiores discos protoplanetários já observados, o IRAS 23077+6707 — conhecido como Chivito de Drácula. Este disco protoplanetário é um verdadeiro espetáculo cósmico, revelando pistas importantes sobre a formação de novos mundos.
Esses discos protoplanetários são considerados verdadeiros berçários de planetas, onde a magia da criação de novos mundos acontece. O IRAS 23077+6707, apelidado de Chivito de Drácula, oferece aos cientistas uma janela fascinante para os processos que moldam os sistemas planetários. A complexidade e beleza desses discos protoplanetários são um lembrete da vastidão e diversidade do universo.
Descoberta de Discos Protoplanetários: Berçários de Planetas
A formação que se assemelha a uma enorme borboleta cósmica e seu estudo vai auxiliar as pesquisas sobre o ambiente em que os sistemas planetários se desenvolveram. Localizado a mil anos-luz da Terra, o disco foi descoberto inicialmente em 2016, mas ficou até o momento sem ser classificado como um formato específico.
O que encontramos foi incrível — evidências de que este é o maior disco formador de planetas já descoberto. É extremamente rico em poeira e gás, que sabemos serem os blocos de construção dos planetas, disse Kristina Monsch, pós-doutoranda do Observatório Astrofísico Smithsonian que liderou a pesquisa.
Os discos protoplanetários são grandes berçários de planetas, locais semelhantes ao que corpos rochosos — como a Terra e Marte — e gigantes — como Júpiter e Saturno — foram formados. O IRAS 23077 gira em torno de uma estrela de duas a quatro vezes mais massiva que o Sol e tem material suficiente para criar muitos planetas grandes.
Utilizando o Submillimeter Array — um conjunto de oito telescópios localizado nos Estados Unidos que detecta luz em comprimentos de onda milimétricos, um tipo de onda de rádio — o grupo de pesquisadores conseguiu definir, a partir do modo em que o disco gira, seu tamanho e a massa de suas estrelas centrais.
O apelido Chivito de Drácula é uma homenagem a dois participantes do estudo. Ana Mosquera, natural do Uruguai, quis dar um nome que a lembrasse do chivito, um sanduíche tipo hambúrguer de seu país natal, e Ciprian Berghea, cientista que cresceu na região da Transilvânia, na Romênia, perto de onde viveu Vlad Drácula, dando a segunda parte do apelido.
Em suas próximas pesquisas, os astrônomos querem continuar investigando formações semelhantes ao IRAS 23077 para entender mais sobre a formação dos planetas ao redor de estrelas maiores que o Sol. Além de obter novos dados sobre o IRAS 23077, devemos continuar a busca por outros objetos semelhantes se quisermos desvendar a história de como os sistemas planetários extrasolares se desenvolvem em seus primeiros anos, disse Jeremy Drake, coautor do estudo e cientista chefe de Astrofísica no Centro de Tecnologia Avançada da Lockheed Martin.
Fonte: © CNN Brasil
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