Especialistas forenses rastreiam eDNA de criminosos em aparelhos de ar condicionado; novos estudos em andamento.
A produção de séries sobre investigação policial continua em alta, mesmo com a crescente oferta de conteúdo de entretenimento. O público permanece ávido por tramas que envolvam mistérios, crimes e desvendem casos intrigantes. A busca pela verdade e a resolução de crimes são elementos que certamente prendem a atenção especialista forense de quem assiste.
As tramas envolvendo investigação criminal e o trabalho árduo da polícia muitas vezes mostram a realidade nua e crua dos bastidores de uma investigação. Os desafios enfrentados pelos investigadores, as reviravoltas surpreendentes e as pistas que levam a desfechos inesperados são ingredientes que mantêm o público em suspense. A parceria entre os diferentes agentes da lei também é um aspecto fundamental nesse tipo de produção, destacando a importância do trabalho em equipe e da cooperação para solucionar os casos mais complexos.
Descobertas recentes na investigação policial
Mas fornecer algumas noções para a população, como a noção de que os criminosos podem tentar apagar seus vestígios em uma cena de crime.
Usar luvas, usar toucas, limpar o local, enfim, não deixar rastros. Como os hackers podem roubar o DNA das pessoas? CSI: 5 crimes reais que inspiraram episódios na série Crimes reais: 5 dos melhores filmes e séries em streaming Pensando nisso, um grupo de cientistas australianos iniciou uma pesquisa para encontrar uma maneira diferente de detectar a presença de alguém em um determinado local.
E o estudo envolve investigação criminal e ar-condicionado! Imagem: Vitória Gomez (criado com IA)/Olhar Digital Inspiração nos animais Cientistas da Universidade Flinders, na Austrália, se inspiraram em outros estudos que abordam o DNA ambiental (eDNA), que pode ser encontrado em amostras de água, solo ou ar.
A partir desse material, é possível determinar que espécies de animais estão presentes na região. O eDNA ajudou, por exemplo, um grupo de biólogos a procurar recentemente grandes tubarões brancos perto de praias ou a documentar um ecossistema pré-histórico congelado. Como também fazemos parte do reino animal, os cientistas australianos pensaram: por que não tentar?
Talvez deixemos vestígios também. E não estamos falando de fios de cabelo ou qualquer outra coisa. São partículas invisíveis, como pequenas gotas de saliva expelidas ou pequenos flocos de pele. Mas isso também desapareceria com uma boa limpeza do local, certo? Certo! Mas é aí que entra o ar-condicionado.
Novas descobertas na investigação policial
Os pesquisadores comprovaram que o eDNA humano fica retido nesses aparelhos – e por um tempo considerável. Isso ocorre porque os aparelhos de ar-condicionado funcionam ‘recirculando’ o ar de uma sala, e não puxando o ar de fora. O ar-condicionado retém partículas invisíveis do seu corpo – Imagem: LightField Studios /Shutterstock Como foi realizado o estudo Primeiramente, os cientistas higienizaram os aparelhos de ar-condicionado de quatro escritórios e quatro residências, removendo assim qualquer DNA existente.
Em seguida, solicitaram aos moradores e trabalhadores que retomassem suas rotinas normais. Quatro semanas depois, retornaram e coletaram amostras do interior dos aparelhos. E, sim, o eDNA encontrado correspondia ao DNA das pessoas que passaram pelo local. Ou seja, o estudo demonstrou que a técnica é eficaz.
No entanto, eles ainda não têm certeza se é viável para operações policiais. Novas pesquisas devem ser realizadas para fornecer mais informações às autoridades de segurança pública. Um artigo sobre o estudo foi recentemente publicado na revista Electrophoresis. As informações são do New Atlas.
Fonte: @Olhar Digital
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