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A informação sobre uma recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia (BHIA3) divulgada no final de semana passado pode ter causado certo alvoroço, no entanto, especialistas enxergam o acontecimento de forma positiva, proporcionando um maior alívio financeiro para a empresa e trazendo consigo um procedimento mais simplificado do que uma recuperação judicial.
Esse procedimento de recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia (BHIA3) demonstra a efetividade de estratégias que visam a reestruturação financeira das empresas, possibilitando uma saída viável para situações complexas, evitando a necessidade de um processo mais longo, como um refinanciamento extenso, por exemplo.
Recuperação Extrajudicial: Grupo Casas Bahia Negocia R$4,1 Bilhões em Dívidas
Por outro lado, analistas apontam ver alguns riscos para os acionistas, inclusive de diluição, o que pode levar a uma pressão para os ativos. Confira abaixo as principais perguntas respondidas sobre a recuperação extrajudicial e como afeta as ações BHIA3 na Bolsa brasileira:
O Anúncio da Recuperação Extrajudicial pelo Grupo Casas Bahia
O Grupo Casas Bahia anunciou a renegociação de R$ 4,1 bilhões em dívidas através de uma Recuperação Extrajudicial. O plano estende o prazo de vencimento médio em 50 meses, além de reduzir o custo médio em 1,5 ponto percentual (p.p) e os pagamentos de dívida até 2027 em R$ 4,3 bilhões. O processo envolverá as Debêntures (6ª, 7ª, 8ª e 9ª emissão) e as CCBs que a companhia possui com o Bradesco e Banco do Brasil.
Em contrapartida, oferece aos credores a possibilidade de converter parte da dívida em equity. O plano já foi aprovado por mais de 50% dos credores, com a aprovação legal esperada para os próximos 30 dias.
Entendendo a Recuperação Extrajudicial e Judicial
Diferente de uma recuperação judicial, a recuperação extrajudicial possui maior agilidade, menor burocracia e custos reduzidos para a companhia, ressalta a Genial Investimentos. E, o mais importante, tem um escopo limitado (6ª, 7ª, 8ª e 9ª emissão de debêntures e CCB) − não impactando as demais dívidas da companhia.
Próximas Etapas do Processo de Recuperação
A empresa deverá agora submeter o Plano a um Tribunal Judicial na próxima semana, com aprovação prevista para 30 dias, aponta a XP Investimentos. Os analistas da casa reforçam que o plano já foi aprovado pelos principais credores da empresa (Banco do Brasil e Bradesco), que representam 55% da dívida, acima do limite mínimo de 50%.
Análise dos Analistas sobre o Anúncio
A XP Investimentos destaca a importância deste passo na reestruturação da empresa, estimando uma redução significativa do peso da dívida nos próximos três anos. Além disso, observa que o plano não compromete as obrigações existentes com fornecedores e funcionários. O JPMorgan também aponta um alívio no fluxo de caixa e maior competitividade para a empresa devido à maior liquidez do curto prazo. A Genial Investimentos avalia positivamente a medida, acreditando que trará benefícios à empresa.
Fonte: @ Info Money
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