Acordo: carência de 24 meses juros, 30 meses principal; pedido, recuperação, extrajudicial; principais, credores, 6ª a 9ª série; devedores, novo perfil, até 2027; CDI + 1,5%; pagamentos semestres; terminos: carências de 24 e 30 meses, acordo incluído.
As Casas Bahia buscaram a recuperação extrajudicial para quitar suas dívidas de aproximadamente R$ 4,1 bilhões. Este pedido foi acordado previamente com os principais credores, representando 54,5% do total dos débitos, abrangendo também outros credores diversos, incluindo pessoas físicas.
Em meio a esse processo de reestruturação financeira, as Casas Bahia estão elaborando um plano para renegociar os juros e interesses pagos, a fim de equilibrar suas finanças e permitir a continuidade de suas operações de forma sustentável. A busca por um acordo que contemple a diminuição dos encargos financeiros é fundamental para a empresa no atual cenário econômico.
A renegociação de dívida da Casas Bahia
A Casas Bahia concluiu com êxito seu plano de renegociação de dívida, envolvendo as 6ª, 7ª, 8ª e 9ª séries de debêntures, resultando em significativa redução nos custos de juros. Anteriormente com custo médio de CDI + 2,7%, o novo custo agora se estabelece em CDI + 1,2%, proporcionando um alívio financeiro para a empresa. O prazo também foi estendido para 72 meses, garantindo um maior fôlego para os pagamentos.
Essa reestruturação apresenta um novo perfil da dívida, permitindo à Casas Bahia preservar R$ 4,3 bilhões em caixa até 2027, com uma economia significativa de R$ 1,5 bilhão somente em 2024. Em troca, os principais bancos credores terão a oportunidade de converter parte dos valores devidos em ações da empresa, fortalecendo assim a relação entre as partes envolvidas.
O acordo estabelecido inclui uma carência de 24 meses para pagamentos de juros e uma carência de 30 meses para o pagamento do principal, o que representa um alívio financeiro considerável para a Casas Bahia. Antes da renegociação, a projeção de desembolso era de R$ 4,8 bilhões até 2027, valor que agora foi reduzido para apenas R$ 500 milhões, proporcionando mais segurança financeira para a empresa.
O CEO da Casas Bahia, Renato Franklin, ressaltou os benefícios dessa reestruturação, destacando a flexibilidade e a capacidade de preparação da empresa para possíveis cenários de mercado. Com a liberação de caixa e a redução dos encargos financeiros, a Casas Bahia se mostra mais resiliente e pronta para enfrentar desafios futuros, além de aproveitar oportunidades de crescimento, como a Black Friday.
A operação de renegociação tem um perímetro restrito, focando exclusivamente em dívidas financeiras sem garantias, como debêntures e CCBs emitidas junto aos bancos. O Bradesco e o Banco do Brasil detêm grande parte dessas debêntures, totalizando mais da metade do valor contemplado no plano. A reestruturação propõe a consolidação das séries de debêntures em uma única, com condições favoráveis de pagamento, incluindo carência de juros e taxas atrativas de CDI + 1,5%.
Os credores terão a oportunidade de escolher entre diferentes séries de pagamento, com condições especiais para aqueles que optarem por se tornar ‘credores parceiros’, mantendo assim condições preferenciais em outras linhas de crédito. A possibilidade de converter a dívida em ações da empresa ou receber pagamentos com juros atraentes oferece opções flexíveis para os credores, garantindo uma transição suave e vantajosa para todas as partes envolvidas.
Essa reestruturação da dívida da Casas Bahia representa um marco importante em sua trajetória empresarial, demonstrando uma abordagem estratégica e colaborativa na gestão de suas obrigações financeiras. Com um plano sólido e parcerias estratégicas com os principais bancos credores, a Casas Bahia está bem posicionada para seguir adiante com confiança e solidez em seu mercado.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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