Grupo de minoritários discorda de proposta dos controladores da Cielo. Oferta pública de aquisição de ações em discussão, laudo de avaliação em questão.
No decorrer dos últimos dois meses, um conjunto de investidores minoritários da empresa X iniciou um processo de diálogo com os principais acionistas para discutir possíveis melhorias na oferta de compra de ações que foi apresentada pelos controladores da companhia.
Essa negociação envolvendo capital e patrimônio é fundamental para garantir que todos os envolvidos sintam-se satisfeitos com o desfecho da transação. A transparência e a ética nos negócios são essenciais para manter o equilíbrio financeiro da organização, preservando assim o valor do investimento de cada acionista.
Oferta Pública de Aquisição de Ações impulsiona fechamento de Capital
A proposta de R$ 5,35 (somado o pagamento de juros sobre capital próprio de R$ 0,15) por ação da empresa de adquirência, após laudo de avaliação feito pelo Bank of America, estava aquém do que os minoritários consideravam justo para o fechamento de capital da companhia.
A expectativa era de uma oferta entre R$ 7,50 e R$ 8,80, dependendo das comparações com concorrentes e dos múltiplos considerados para essa conta. O grupo de minoritários, no entanto, rachou.
Absolute, AZ Quest, Clave, Encore, Vinland e XP, que detêm aproximadamente 7% do capital da Cielo e pouco menos de 20% das ações em livre circulação, sentaram-se à mesa para buscar melhorar a oferta dos controladores. Esse grupo concordou com a nova proposta do Bradesco e do BB, elevando a OPA de R$ 5,35 para R$ 5,60 com o acréscimo do CDI na liquidação da operação.
O upside para o preço de abertura de R$ 5,44 no pregão de quarta, 3 de abril, era de quase 3%. ‘Aumentou a chance do deal acontecer. Há um upside na mesa e R$ 5,60 mais CDI parece fair’, diz uma pessoa a par do assunto.
Mas, segundo o NeoFeed apurou, Ibiúna, Mantaro e o investidor Luiz Barsi Filho, que possuem menos de 4% do capital da Cielo, continuam descontentes com a proposta e veem espaço para um valor maior. A expectativa é que esse processo pode levar, pelo menos, três meses após a aprovação em assembleia.
Com essa mudança na OPA, a votação dos acionistas para aceitar a nova proposta ocorrerá em 23 de abril. ‘Havia o entendimento de que R$ 6,30 mais CDI era o ideal. Mas a negociação foi bastante dura e beirou a inflexibilidade de um dos lados’, conta um outro participante das tratativas.
De acordo com pessoas ouvidas pelo NeoFeed, o Banco do Brasil fez jogo duro e exigiu um segundo laudo para subir o preço da OPA. Os conselheiros independentes de Cielo indicaram o J. Safra para elaborar um novo laudo. ‘Chega um momento em que os hedge funds deixam de ver o upside da ação e buscam minimizar o downside do papel vis-à-vis o custo de capital’, diz um gestor.
Com as novas condições à mesa, o BTG Pactual revisou a ação da Cielo e rebaixou a recomendação da ação de compra para neutro. Os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel avaliam que a chance de uma deslistagem bem-sucedida aumentou substancialmente sob os novos termos.
‘Acreditamos que a transação faz total senso estratégico para os acionistas controladores, principalmente para o Bradesco. A integração completa do Itaú e de seu braço adquirente, a Rede, permitiu ao seu principal concorrente ganhar mercado participação de mercado’, escreveram os analistas.
No entanto, eles ressaltam que, para o Bradesco concluir essa estratégia, terá de negociar com o Banco do Brasil como será essa integração da Cielo à sua oferta bancária assim que a OPA for concluída. Com valor de mercado de R$ 14,75 bilhões, a ação da Cielo está em alta de 20,2% neste ano.
Avaliação do Patrimônio e Investimento no Mercado de Capitais
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Fonte: @ NEO FEED
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