Furacão insiste na estratégia, mas cede empate no último lance contra equipe alvinegra do Brasileirão.
O revezamento no topo do Campeonato Brasileiro estava prestes a ter mais um capítulo nesta quarta-feira. O Athletico Paranaense neutralizou o Botafogo em grande parte da partida, estava à frente no confronto até o último instante, porém testemunhou a persistência alvinegra ser recompensada. Bastos evitou a derrota para o Furacão aos 53 minutos da etapa final.
O Botafogo mostrou sua garra e determinação ao não se render diante do Athletico Paranaense, conquistando um ponto importante no confronto. O time Glorioso lutou até o fim e foi recompensado com o gol salvador nos acréscimos, demonstrando sua força e união em campo.
Botafogo: Glorioso em busca de superação
A sensação final é de alívio para o alvinegro, mas a atuação esteve muito abaixo da crítica. O Glorioso não conseguiu achar meios de se livrar das disciplinadas perseguições dos jogadores rivais. Demorou a ter intensidade, se desorganizou ofensivamente, cedeu espaços na defesa. Foi certamente a pior atuação da equipe desde que o Glorioso passou a vencer com Artur Jorge no comando.
Escalações
O treinador português seguiu sem poder contar com Tiquinho Soares. Luiz Henrique e Gregore cederam vagas a Eduardo e Danilo Barbosa. Óscar Romero atuou a partir do lado direito. Já Cuca promoveu o retorno de Léo Godoy na lateral-direita. Madson foi para o banco. Sem Felipinho, Cuello foi titular, e Christian foi deslocado para o meio-campo.
O jogo
As decepcionantes três finalizações do Botafogo em 46 minutos de 1º tempo não permitem outra interpretação. O Furacão anulou o Glorioso neste período da partida. Principalmente porque, além de marcar muito bem, levou perigo em contragolpes e bolas paradas. Poderia tranquilamente ter ido para o vestiário com a vitória parcial.
Mais uma vez o rubro-negro baseou seu jogo defensivo em encaixes de marcação e perseguições até o término da jogada. Nikão seguia Marlon Freitas. Mastriani se dividia entre Bastos e Halter. Cuello marcava Damián Suárez. Fernandinho tinha Óscar Romero como alvo. Erick fazia o mesmo com Tchê Tchê, e Christian vigiava Danilo Barbosa de perto. Godoy marcava o avanço de Cuiabano.
Na linha de defesa, Thiago Heleno fazia a ”sobra”. Kaique Rocha e Esquivel se dividiam no acompanhamento a Junior Santos e Eduardo. Em alguns momentos a formatação citada tinha trocas de alvo para combater, mas na maioria das vezes eram essas combinações que travavam os avanços alvinegros. O Botafogo se viu perdido para superá-los. Não conseguia conectar suas peças.
Por mais que houvesse movimentação, a mesma que a equipe mostrou nos jogos mais recentes, não buscava as combinações com frequência. O time ficou restrito a uma ou outra arrancada de Junior Santos nos raros contragolpes que surgiam. Os erros foram aumentando com o passar dos minutos e o Athletico fez desarmes, interceptações, encaixou contra-ataques perigosos.
Fernandinho quase fez um gol do meio-campo. Nikão e Cuello bateram com perigo da entrada da área, e Thiago Heleno chegou perto de marcar em duas bolas paradas aéreas. Quando Junior Santos e Eduardo se afastavam muito da zona de atuação de Kaique Rocha e Esquivel, os defensores mantinham a defesa do espaço na última linha, e outros jogadores do Furacão davam o combate aos homens mais centrais do ataque alvinegro. Missão cumprida com perfeição durante o 1º tempo.
A situação não se alterou depois do intervalo, e a pouca disposição defensiva do Botafogo ficou ainda mais evidente. Permitiu trocas de passe duradouras ao Athletico, que fez o merecido gol antes dos dez minutos, em lindo cruzamento de Cuello para Mastriani. Bastos falhou na marcação ao centroavante. Em desvantagem no placar, Artur Jorge resolveu.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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