Resolução proíbe fabricação, importação, comercialização, propaganda de cigarros eletrônicos, considerados menos prejudiciais segundo estudos científicos.
A decisão do grupo de autoridades da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir os cigarros eletrônicos foi tomada durante uma votação realizada na tarde desta sexta-feira (19). Todos os cinco membros do colegiado votaram a favor da proibição: o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, e as diretoras Danitza Passamai Buvinich e Meiruze Souza Freitas, além dos diretores Daniel Pereira e Rômison Rodrigues Mota. Essa resolução em discussão na agência inclui a proibição da fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e a propaganda dos cigarros eletrônicos.
Essa medida visa coibir os malefícios à saúde associados ao uso de cigarros eletrônicos e outros dispositivos eletrônicos para fumar. A proibição engloba não apenas os pods e vapes, mas também toda a cadeia de produção e divulgação desses produtos. Portanto, a Anvisa reforça seu compromisso com a proteção da saúde pública ao banir os cigarros eletrônicos do mercado, visando um ambiente mais saudável para toda a população, principalmente os jovens.
A polêmica em torno dos cigarros eletrônicos
O debate em torno dos cigarros eletrônicos, dispositivos eletrônicos para fumar, pods e vapes, vem ganhando destaque no cenário nacional e internacional. A proibição do show de Roberto Carlos no Pacaembu foi motivo de controvérsia, mas o cancelamento foi negado pela empresa responsável. Enquanto isso, uma cratera com 300 metros de comprimento surpreendeu uma cidade do interior de SP, mostrando que nem só de polêmica vive o país.
Entre as razões apresentadas pelos diretores para a proibição dos cigarros eletrônicos, a popularidade desses produtos entre jovens e a falta de estudos científicos sobre seus efeitos foram as mais citadas. Os cigarros eletrônicos são frequentemente promovidos como uma alternativa menos prejudicial aos cigarros convencionais. No entanto, a dúvida persiste sobre os reais benefícios à saúde pública.
O diretor Barra Torres ressaltou a necessidade de medidas urgentes para prevenir o uso dos cigarros eletrônicos, considerando os possíveis danos à saúde da população. Enquanto isso, a Associação Brasileira da Indústria do Fumo (ABIFUMO) defende a regulamentação desses produtos, citando exemplos de países que autorizam sua venda, com regras de controle fitossanitário e tributação.
Apesar da proibição da Anvisa, o consumo de cigarros eletrônicos continua crescendo no Brasil, com 3 milhões de consumidores regulares e aproximadamente 6 milhões de pessoas que já experimentaram o produto. Esses números indicam um aumento significativo desde 2018, apesar das restrições existentes.
A divergência de opiniões sobre os cigarros eletrônicos evidencia a complexidade do tema e a necessidade de uma abordagem ampla e equilibrada por parte das autoridades. Enquanto alguns defendem a proibição como medida de proteção à saúde pública, outros argumentam a favor da regulamentação como forma de garantir a segurança dos consumidores e combater o mercado ilegal. O debate continua, e a busca por soluções que conciliem diferentes interesses permanece em pauta.
Fonte: @ CNN Brasil
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