Durante verão, temperature alta favorece mosquito Aedes. Períodos propícios: entulhos acumulados, criadouros de lixo, alagamentos sujas. Baixa ou elevada tempa, regime El Niño influencia. Infraestrutura urbana intacta, casas infestadas. Quintais destruídos, geladeiras quebradas: mosquito focus. Saúde, Rio Grande do Sul: casos dengue no inverno.
Apesar de não ser, a princípio, uma época favorável para a proliferação da dengue devido às temperaturas mais baixas, a preocupação com a dengue é mais um item na lista de prioridades das autoridades de saúde em decorrência das fortes chuvas e inundações que têm afetado o Rio Grande do Sul.
Além da preocupação com a dengue, as autoridades de saúde também estão atentas a possíveis surtos de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. A prevenção e o combate à dengue são essenciais para evitar a propagação da doença e proteger a população.
Dengue: Uma Doença de Dengue que se Aproveita dos Períodos Propícios
Os casos de dengue costumam ocorrer no verão, mas, de acordo com o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Cristóvão Barcelos, também podem surgir em maio, durante o período conhecido como veranico, quando as temperaturas se elevam. No Rio Grande do Sul, esse famoso veranico de maio é um período de calor bastante comentado pela população local. A temperatura baixa em abril, mas em maio, o estado entra em regime de El Niño, o que pode resultar em uma pequena onda de calor em um momento em que se esperaria frio, conforme relatou Barcelos à Agência Brasil.
Além disso, é importante ressaltar a possibilidade de novas ondas de calor, como já observado na região. Em meio a esse cenário de calamidade, com perda de serviços e abastecimento de água, juntamente com a quebra da infraestrutura urbana, a ocorrência de uma onda de calor nas próximas semanas poderia desencadear um grande surto de dengue, alertou o pesquisador.
Barcelos enfatizou que, embora surtos de dengue possam ocorrer em outros estados, no Rio Grande do Sul a situação se torna mais grave devido aos danos significativos na infraestrutura do estado. Enquanto em outros locais a infraestrutura urbana permanece intacta, no Rio Grande do Sul, tudo está destruído. Como lidar com a eliminação de focos do mosquito em meio a essa situação? Os agentes de saúde estão sobrecarregados com outras demandas, e as pessoas não conseguem mais cuidar de seus quintais, com lixo acumulado e até mesmo geladeiras quebradas se tornando potenciais focos do mosquito, especialmente em caso de uma onda de calor.
Os ovos do mosquito Aedes aegypti possuem uma alta resistência ao frio, permanecendo cristalizados nas paredes de diversos recipientes. Quando expostos a água parada e mais quente, eclodem e se desenvolvem até a fase adulta, prontos para voar. Segundo a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, nos últimos anos, casos de dengue têm sido registrados ao longo do inverno, inclusive durante as semanas mais frias.
Apesar de se considerar o inverno um período de baixa transmissão em comparação ao verão, é fundamental não baixar a guarda diante das baixas temperaturas. Com 468 municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti, muitos deles com acúmulo de entulhos e possíveis criadouros, a atenção deve ser redobrada. A água parada proveniente de alagamentos, mesmo suja, pode ser um ambiente propício para a proliferação dos mosquitos, como ressaltou Barcelos, membro do Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz e representante da instituição no Centro de Operações de Emergência em Saúde.
Fonte: @ Agencia Brasil
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