Raul Ferreira Pelegrin, 41, dependente químico, cortou corda de sustentação e foi preso em março por risco de morte. Morreu após dificuldades respiratórias no hospital. Boletim de ocorrência registrado.
Raul Ferreira Pelegrin, 41 anos, foi detido em março depois de sabotar o trabalho de um limpador de janelas em um edifício em Curitiba, sendo internado em um hospital da região metropolitana logo após o incidente. Infelizmente, o homem veio a óbito na madrugada desta sexta-feira (5) devido a complicações causadas pela pneumonia.
A pneumonia é uma grave doença respiratória que pode levar à morte se não tratada a tempo. Neste caso, a infecção pulmonar provocada pela pneumonia foi fatal para Raul Ferreira Pelegrin, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. É fundamental estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica ao primeiro sinal de qualquer doença respiratória.
Pelegrin morreu no hospital após apresentar pneumonia
Em comunicado, a Polícia Penal informou que Pelegrin foi internado na última quinta-feira (4) após enfrentar dificuldades respiratórias. No entanto, na madrugada seguinte, por volta de 1h30, a unidade penal recebeu a triste notícia de que ele havia falecido. A causa apontada foi pneumonia. A instituição ressaltou que já iniciou os procedimentos administrativos relacionados ao caso e proporcionará todas as informações necessárias.
Defesa de Pelegrin cobra investigação
Os advogados que representavam Pelegrin expressaram sua indignação com a situação e exigiram que o caso seja investigado a fundo. Em solicitações de liberdade que foram negadas pelo Poder Judiciário, a defesa alegou que Pelegrin era um dependente químico e necessitava de internação para tratamento adequado.
Segundo o advogado Adriano Bretas, que teve contato direto com Pelegrin no dia anterior à sua morte, o detento apresentava evidentes sinais de mal-estar e estava praticamente impossibilitado de se comunicar. O advogado fez questão de registrar essas observações no processo, alertando sobre a urgência da situação.
O pedido por tratamento médico desconsiderado
Após o contato com Pelegrin, a defesa solicitou ao Juízo da Vara do Tribunal do Júri que o preso fosse transferido para um estabelecimento de saúde particular, custeado por seus familiares, devido ao risco iminente de morte. No entanto, o Ministério Público se opôs a essa solicitação, o que levou à manutenção da prisão de Pelegrin.
A defesa lamentou o desfecho trágico, afirmando que Pelegrin foi uma vítima da falta de sensibilidade do sistema judiciário, que optou por tratá-lo como um criminoso em vez de reconhecer suas necessidades médicas urgentes.
O caso de tentativa de homicídio e a corda de sustentação
Pelegrin foi alvo de uma denúncia do Ministério Público por tentativa de homicídio, envolvendo o corte de uma das cordas de sustentação de um trabalhador que realizava trabalhos no prédio onde o acusado residia. O incidente ocorreu em 14 de março, resultando em uma acusação grave com qualificadoras de uso de meio insidioso e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O edifício em questão possui 27 andares e está localizado em uma região central da cidade. De acordo com relatos, o trabalhador conseguiu evitar a queda graças a uma manobra de segurança, uma vez que a corda danificada era a de sustentação.
Prisão preventiva e audiência de custódia
Após ser preso em flagrante, a detenção de Pelegrin foi convertida em prisão preventiva, não estabelecendo uma data para sua libertação. Durante a audiência de custódia, o acusado optou por permanecer em silêncio.
No boletim de ocorrência, testemunhas relataram que Pelegrin teria ameaçado cortar as cordas de todos os trabalhadores que estavam no local, caso não se retirassem. A Polícia Militar teve dificuldades para acessar a cobertura do edifício, mas após averiguações, o acusado foi localizado e os indícios do crime foram encontrados.
Pelegrin e a faca na sacada
Informações adicionais presentes no boletim de ocorrência indicam que a vítima trabalhava com duas cordas, uma de movimentação e outra de segurança, conhecida como trava queda. Ao perceber que a corda principal estava comprometida, o trabalhador agiu de forma rápida e segura, evitando consequências mais graves.
O desfecho trágico envolvendo Pelegrin serve como um alerta para a importância de avaliar cada situação com sensibilidade e discernimento, levando em consideração não apenas as acusações, mas também as circunstâncias que envolvem o caso. A pneumonia que vitimou Pelegrin ressalta a fragilidade da saúde dos detentos e a responsabilidade das autoridades em garantir o cuidado e o respeito aos direitos de cada pessoa sob sua custódia.
Fonte: © TNH1
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